Protesto de caminhoneiros vai afetar entrega de carnes e combustíveis

Associação Gaúcha de Supermercados projeta que prateleiras ficarão mais escassas dentro de dois dias

caminho

A paralisação de caminhoneiros, que bloquearam trechos de pelo menos 28 rodovias gaúchas nesta terça-feira, afetará o abastecimento de hortigranjeiros, carne, combustíveis, aves e leite. As informações são do blog Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha. Os motoristas protestam contra a alta do diesel, dos pedágios e pelo aumento no valor dos fretes. A manifestação também ocorre nos Estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná.

Dentro de dois a três dias, o consumidor sentirá nas prateleiras os efeitos dos protestos. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) diz que os primeiros itens afetados serão os hortigranjeiros e a carne. Para os demais, há um estoque de segurança de até 20 dias.

– Estamos monitorando a situação junto à indústria, mas a alta do diesel veio em hora errada. Não apenas pelo encarecimento do frete, como pelo desincentivo à produção própria de energia com geradores em meio a uma grande crise energética. Esperamos uma posição do Governo para que tudo se normalize – afirma o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.

Escassez de combustíveis

Alguns postos de combustível do Interior já registram falta de gasolina comum. É o caso de estabelecimentos no Norte do Estado. Grandes redes, no entanto, têm estoque para até dois dias, dependendo da procura. Já no transporte de aves, a indústria avícola reclama que não está recebendo rações para alimentar os animais e a produção vai parar.

“O movimento que diz não afetar transportes de cargas vivas e perecíveis, na realidade inviabiliza o fluxo das atividades, pois na busca de rações ou busca de animais vivos, os veículos estão vazios e automaticamente, ficam nos bloqueios”, argumentou a Asgav, em nota.

Em Santa Catarina, a Aurora Alimentos interrompeu abates. No Paraná, a BRF fez o mesmo. As indústrias estão com 80% da capacidade ociosa porque caminhões estão parados, relatou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, Alexandre Guerra, em entrevista ao Gaúcha Atualidade. A Associação Brasileira de Proteína Animal faz um relatório sobre a situação para entregar ao ministro Miguel Rosseto, da Secretaria-Geral da Presidência.

Rodovias estaduais:
– RS-344: na altura do km 63, em Giruá;
– RS-569: entroncamento com a BR-468, em Palmeira das Missões;
– RS-324: km 86, em Marau;
– RS-324: km 56, em Nonoai;
– RS-155: km 65, em Santo Augusto;
– RS-463: km 02, em Tapejara;
– RS-344: km 28, em Tuparendi;
– RS-135: km 52, em Getúlio Vargas;
– RS-406: entroncamento com a RS-324; em Planalto;
– RS-332: km 139, em Espumoso;
– RS-470: km 182, em Veranópolis;
– RS-153: km 2, em Passo Fundo;
– RS-342: entroncamento com a BR-285; km 120 em Ijuí
– RS-126: km 112 em Sananduva;
– RS-332: km 60, em Arvorezinha;
– RS-287: km 68, em Venâncio Aires;
– RS-453: km 0, em Venâncio Aires;
– RS-129: km 86, em Muçum;
– RS-244: km 65, em Venâncio Aires;
– RS-126: km 126, em São João da Urtiga.

Rodovias federais:
– BR-470: Barracão, km 11;
– BR-472: Boa Vista do Buricá, km 115;
– BR-116: Camaquã, km 397;
– BR-293: Candiota, km 125,9;
– BR-116: Capão do Leão, km 529;
– BR-282: Carazinho, km 337;
– BR-472: Cruz Alta, km 168;
– BR-158: Cruz Alta, km 193;
– BR-158: Cruz Alta, km 202;
– BR-158: Cruz Alta, km 208;
– BR-285: Ijuí, km 458;
– BR-285: Ijuí, km 467;
– BR-158: Julio de Castilhos, km 265;
– BR-285: Lagoa Vermelha, km 199;
– BR 285: Mato Castelhano, km 273;
– BR-468: Palmeira das Missões, km 0;
– BR-158: Panambi, km 160;
– BR-285: Passo Fundo, km 301;
– BR-392: Pelotas, km 62;
– BR-392: Pelotas, km 66;
– BR-293: Pinheiro Machado, km 125;
– BR-116: São Lourenço, km 454;
– BR-282: São Borja, km 672;
– BR-392: São Sepé, km 297;
– BR-386: Sarandi, km 134;
– BR-386: Seberi, km 50,5;
– BR-386: Soledade, km 245;
– BR-290: Uruguaiana, km 719;
– BR-472: Uruguaiana, km 573.

* Com informações da Rádio Gaúcha