Pessoas que fazem parte da ocupação Nova esperança, no bairro Progresso, divisa com Vila Grande, realizaram um protesto em frente à Prefeitura na manhã de ontem(19). As famílias disseram que o objetivo foi buscar apoio do Executivo quanto à iminência da reintegração de posse. Com cartazes e faixas eles fizeram um manifesto pacífico e posteriormente parte dos moradores foi recebida pelo Prefeito Márcio Amaral.
Uma das moradoras, Karen Mendes, procurou o Alegrete Tudo para falar do sufoco que as famílias estão passando devido à reintegração. Eles têm até o dia 21 de agosto para sair do local.
Segundo ela, as famílias estão no local há mais de três anos e a tentativa de um acordo é devido à dívida de um milhão de reais que os proprietários teriam com a Prefeitura. “São 40 famílias. E, em cada casa, a média é de quatro pessoas. Elas não têm para onde ir. Estávamos contando com o município em razão da dívida, que, pelo menos a parte que estamos pudéssemos negociar de forma tranquila. Não queremos nada de graça, mas precisamos ter condições de comprar. Estamos dispostos a pagar os impostos” – comentou
Karen disse que chegaram a propor, aos donos da área, pagar 200 reais por mês para ir quitando o lote que ocuparam, lembrando que a maioria morava com parentes ou pagava aluguel. A ocupação tem casas boas, outras mais humildes, ruas e iluminação.
O prefeito Márcio Amaral disse que lamenta a situação, porque sabe que tem crianças, idosos e do déficit habitacional de Alegrete. Neste caso, a área não é do Município e não há como realocá-los. Já a questão da dívida de IPTU, o município tem uma ação que está tramitando no judiciário.
