Revelação dos detalhes cruéis da morte de Priscila Leonardi chocou amigos da enfermeira

Na manhã do dia 26, o Ministério Público informou que o homem responsável pela tentativa de estupro e morte da enfermeira Priscila Leonardi foi preso.

Aos 40 anos, ela foi brutalmente assassinada durante suas férias em Alegrete, sua terra natal. O corpo da enfermeira foi encontrado nas águas do Rio Ibirapuitã, em 6 de julho de 2023, após ter sido sequestrada no dia 19 de junho de 2023.

A notícia da prisão do acusado trouxe um alívio aos amigos de Priscila. Um grupo de amigos, que realizou um protesto em frente à embaixada brasileira na Irlanda, onde ela residia e trabalhava, em busca de justiça, tem acompanhado o caso de perto. Uma das amigas de Priscila, que preferiu não se identificar, comentou sobre o impacto das revelações. Em lágrimas, ela expressou seu choque ao saber dos detalhes da crueldade sofrida por Priscila, mas também mencionou que a prisão dos culpados trouxe um pouco de conforto.

Os amigos lembram de Priscila como uma pessoa meiga, carinhosa e muito amada. No dia 25 de junho, durante a oitiva das testemunhas de acusação, novas revelações cruciais surgiram.

De acordo com o Ministério Público, Emerson Leonardi, primo de Priscila, planejou o crime desde 2020. Ele contratou integrantes de uma facção criminosa que entraram em ação poucos dias antes dela chegar ao Brasil. A logística do crime foi coordenada meticulosamente, envolvendo um grupo ampliado de participantes com responsabilidades distribuídas.

Após semanas de investigação, que incluíram quebra de sigilo bancário e fiscal, interceptações telefônicas, e análise de mensagens, a Promotoria denunciou nove suspeitos por extorsão qualificada, sequestro seguido de morte, ocultação de cadáver e associação criminosa. Entre os suspeitos, cinco foram considerados inocentes por falta de provas, enquanto quatro continuam presos.

Durante a audiência, uma testemunha revelou que Alex Ribeiro, um dos acusados, foi quem matou Priscila durante o sequestro. Ribeiro, responsável pela vigília da enfermeira no cativeiro, tentou estuprá-la antes de matá-la. Com essa revelação, o Ministério Público solicitou sua prisão preventiva, cumprida pela Brigada Militar, que o encaminhou ao Presídio Estadual de Alegrete (PEAL).

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Os réus foram denunciados pela promotora de Justiça Rochelle Jelinek no final de novembro do ano passado, após a primeira delação premiada da história do município da Fronteira Oeste. Eles respondem por extorsão qualificada com restrição da liberdade da vítima e resultado morte, além de ocultação de cadáver.

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O julgamento dos quatro acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por extorsão e morte de Priscila Leonardi começou no dia 26 de abril. Emerson da Silveira Leonardi, de 30 anos, foi preso preventivamente no dia 13 de julho do ano passado e encaminhado ao presídio de Alegrete.

O assassinato de Priscila teve grande repercussão no Brasil e na Europa, especialmente pelo fato de Emerson ter carregado o caixão da prima durante o funeral, o que chocou ainda mais a comunidade local e seus amigos.

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