RS Biodiversidade ensina e valoriza pecuaristas familiares no dia de campo em Alegrete

Em 2010 começou o Projeto RS Biodiversidade na região da Campanha e Fronteira Oeste do Estado, programa organizado pelo governo do RS em parceria com o Banco Mundial e diversos outros órgãos. A EMATER procurou canalizar os recursos na preservação do Bioma Pampa, através da melhor utilização dos recursos naturais, ou seja, integrando a nossa Pecuária baseada no Campo Nativo e seus interlocutores, o gaúcho Pecuarista Familiar. Dentro desta lógica, diversos projetos foram desenvolvidos com produtores que estão aprendendo e conhecendo melhor o habitat onde moram e produzem.

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Organizado pelo Escritório da EMATER de Alegrete e pela Fundação Maronna, o Dia de Campo levou  duas palestras técnicas, quando a Eng. Agr. da Fundação Maronna Adriana Vargas falou sobre “O Campo Nativo e a Biodiversidade do Pampa” e na sequência o Méd. Vet. da EMATER de Alegrete, Márcio Amaral discorreu sobre “Ajuste de Carga e Controle do Pastejo”. Pela tarde o grupo deslocou-se até área dos piquetes, onde foram realizados cortes para cálculo da produção de forragem e ajuste da lotação, além da entrega de alguns brindes aos participantes, como camisetas e cadernetas de controles.

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Em 2005, os técnicos do Escritório Municipal da EMATER foram procurados pelo produtor José Pedro Fernandes Coelho e seu filho Pedro, proprietários da Fazenda 2 Pinheiros do Sossego, no Caverá, para que os orientassem num projeto de pastoreio rotativo. Uma área de 45 ha, dividida em 45 piquetes. De lá para cá já se vão 10 anos, onde, por conta da persistência deste produtor, o sistema seguiu rodando ininterruptamente.

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O Dia de Campo do Programa RS Biodiversidade, desta vez, foi em  área já manejada há uma década, que é a prova de que se pode sempre aprender com as experiências dos produtores, aliado aos novos conceitos de manejo que a pesquisa desenvolve. Cerca de 50 pessoas participaram do evento, quando se observou a evolução da qualidade da composição florística daquela área, resultado somente da utilização desta prática de manejo, pois jamais recebeu qualquer correção de solo, ou adubação.

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Fica a certeza de que mais eventos desta natureza deverão ser realizados, pois ainda é visível o quanto de conhecimento o produtor necessita agregar ao seu dia a dia para melhorar os índices produtivos da pecuária gaúcha, além da satisfação de ver alguns com bons resultados, demonstrando a viabilidade de práticas simples de manejo.