RS tem recorde de internação por Covid-19 em UTI no dia do Natal

Foram 986 pessoas com a doença internadas em leitos intensivos no estado, o maior número desde o início da pandemia. No sábado (26), número reduziu para 952.

O RS atingiu na sexta-feira (25), dia do Natal, o maior número de pacientes internados em UTIs com a Covid-19 desde o início da pandemia: foram 986 pessoas com casos confirmados da doença. Em uma semana foram 51 novas internações.

No sábado (26), o número havia baixado para 952 até as 19h.

Por outro lado, a ocupação de leitos clínicos, as enfermarias, vem diminuindo. O maior pico foi no dia 15 de dezembro com 2.093. Depois caiu e voltou a subir um pouco em 20 de dezembro. E desde então, está diminuindo. Veja no gráfico abaixo.

Até as 19h06 eram pouco mais de 1,5 mil internados, de acordo com o painel de monitoramento de leitos do governo.

 

Evolução da ocupação dos leitos clínicos no RS — Foto: Reprodução/RBS TV

Evolução da ocupação dos leitos clínicos no RS — Foto: Reprodução/RBS TV

O governo estadual avalia que isso se deve em parte as medidas restritivas que foram tomadas no Sul do estado, na região de Pelotas.

Mas faz um alerta: não adianta ter leitos livres se as pessoas fizerem aglomerações e festas, e ainda deixarem de lado hábitos que ajudam a salvar vidas: usar máscara, manter o distanciamento e higienizar as mãos com frequência.

“Nós temos que fazer essa análise diária, esse acompanhamento semanal também com dados dos hospitais. O que nós percebemos é que na medida que aglomerações ocorrem isso coloca em risco as pessoas, o atendimento hospitalar, então nós temos que estar prestando atenção nos nossos comportamentos e medidas que tomamos”, observa o secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb.

Velocidade de internação em Porto Alegre diminui — Foto: Reprodução/RBS TV

Velocidade de internação em Porto Alegre diminui — Foto: Reprodução/RBS TV

Situação em Porto Alegre

 

Em Porto Alegre, o Hospital de Clínicas tinha, até o sábado, 87% dos leitos ocupados, com 75 pacientes na UTI.

A velocidade de crescimento de novas internações está diminuindo no Hospital Conceição, também na Capital. Isso ajuda a diminuir a pressão na UTI, onde 90% dos leitos estavam ocupados. Apenas três vagas estavam livres no sábado.

Na enfermaria a lotação está menor: dos 68 leitos, 28 estão ocupados. E a ala reservada para os casos suspeitos tem quatro leitos livres.

“O nosso hospital tem estado constantemente no seu limite, nós não temos como aumentar mais o número de leitos, então essa situação pra nós é a mesma. Mas o que temos observado no estado é que havia uma curva principalmente em Porto Alegre, que a tendência de aumento levaria a um colapso nos primeiros dias de janeiro. Já não é assim, essa velocidade de aumento nos últimos dias ela decresceu um pouco, o que faz a gente pensar que esse colapso possível de ocorrer vai ainda demorar alguns dias”, observa o médico Francisco Zancan, diretor técnico do Grupo Hospitalar Conceição.

“Se a população se organizar e continuar fazendo as medidas de prevenção adequadamente é possível que não ocorra um colapso mas sim uma situação de tensão critica”, avalia.

O comitê do governo também identificou esse comportamento em todo o estado. “Estamos num patamar bem alto mas houve uma certa estabilização da leitura do comitê de dados, da leitura dos dados que são analisados de hospitais e internações”, aponta o secretário Luis Lamb.

Fonte e crédito: G1