Desde o final de semana, em função das chuvas mais fortes nas regiões Noroeste e Norte do Estado, São Borja registra a quinta enchente dos últimos 40 dias. A situação, até dia 10, ainda preocupava as autoridades locais, mas especialmente os pescadores que dependem das águas do rio Uruguai para sobreviver.
No entanto, o nível do rio que chegou a 6,26 metros acima do normal na segunda-feira, dia 9, voltou a baixar nesta terça-feira quando estava com 6,19 metros, acima da cota normal, de acordo com o serviço de medição da Corsan.
A maior preocupação dos autoridades, dos pescadores, dos donos de bares do Cais do Porto, de moradores da zona ribeirinha e dos arrozeiros é com a elevação muito rápida das águas nas enchentes ocorridas nos últimos meses. Isto tem pego todos de surpresa e, com isso, não conseguem evitar os prejuízos que, em alguns casos, podem ser reduzidos quando há previsão de cheias. A enchente desta semana foi uma das menores desde o início de maio, mas mesmo assim inundou algumas áreas ribeirinhas, porém sem impacto negativo. O estabelecimento da cota dos 12 metros, há alguns anos pela administração municipal, foi fundamental para que, com a menor enchente que fosse, evitasse o desalojamento de moradores.
Os prejuízos provocados a bares do Cais do Porto, ao transporte escolar que precisa aumentar seu trajeto e à lavoura de arroz quando em tempo de cultivo, não podem ser evitados mesmo com previsão de cheias.
Na cidade, o coordenador da Defesa Civil, Elcio Carvalho, voltou a cobrar esta semana, um estudo sobre o impacto na vazão do rio Uruguai da abertura das comportas das barragens de Itá e Machadinho, no Norte gaúcho. “O que nos surpreende é o crescimento muito rápido das águas nas últimas enchentes e precisamos nos precaver através de um sistema de monitoramento”, afirmou Carvalho. Disse ainda que a preocupação do prefeito Farelo Almeida é criar um dispositivo no município capaz de prever a suba rápida do rio e as grandes enchentes.
Os pescadores voltaram a demonstrar preocupação esta semana porque estão sem trabalhar por muitos dias, em função das enchentes. O presidente da Associação dos Pescadores, Idalêncio Melo, reclama dos prejuízos com a perda de materiais e até de embarcações em função das enchentes repentinas que sobem cerca de três metros numa noite, por exemplo. Ele sente a necessidade de criação do dispositivo defendido pelo Prefeito.
Os pescadores voltaram a demonstrar preocupação esta semana porque estão sem trabalhar por muitos dias, em função das enchentes. O presidente da Associação dos Pescadores, Idalêncio Melo, reclama dos prejuízos com a perda de materiais e até de embarcações em função das enchentes repentinas que sobem cerca de três metros numa noite, por exemplo. Ele sente a necessidade de criação do dispositivo defendido pelo Prefeito.
Foto: Dilhermano Messa
Fonte: Folha de São Borja