Sem previsão de iniciar curso, 860 aprovados no concurso da BM pedem auxílio ao Estado

Treinamento começaria em março, mas foi suspenso devido ao decreto de calamidade pública.

Os 860 candidatos a soldados da Brigada Militar (BM) estão pedindo informações ao governo gaúcho sobre o concurso suspenso devido à pandemia de coronavírus. Os aprovados, que começariam o treinamento de oito meses em março deste ano, alegam que tiveram de deixar seus empregos para dedicação integral para a capacitação e, por isso, pedem também qualquer tipo de auxílio do Estado. O comando da corporação destaca que está fazendo o possível para encontrar uma solução, mas informa que não há previsão de retomada do processo.

Em contato com GaúchaZH, um grupo de concursados diz que aguarda por resposta, principalmente porque uma das obrigações era de que saíssem dos empregos em que estavam até o mês de fevereiro deste ano para iniciar o curso. Os aprovados pedem informações sobre a situação.

— Precisávamos estar com nossa carteira de trabalho limpa, ou seja, para tomar posse no cargo público, não poderíamos exercer outra atividade, e assim fizemos. A maioria pediu demissão do emprego e, nesse meio tempo, ocorreu a pandemia e o governo congelou as nomeações. Portanto, ficamos sem nossos empregos, sem realizar o curso, sem tomar posse no cargo e sem nenhuma resposta ou auxílio por parte do Estado — diz um dos concursados, que pediu para não ter o nome divulgado.

Em comunicado oficial, o comando da Brigada Militar destaca que todos os concursos e fases de processos seletivos foram suspensos devido ao decreto de calamidade pública 55.128, do dia 19 de março deste ano. O curso estava na fase em que os aprovados haviam entregue os laudos toxicológicos, e o histórico de cada um estava sendo analisado para que se começasse o treinamento.

A corporação pede compreensão, afirmando se tratar de uma situação atípica, e pede que os candidatos aguardem pela publicação de novos editais de convocação. Sobre auxílio, ressalta que todos os aprovados receberam telefone e e-mail para encaminhar suas demandas. Além disso, o governo lembra que tenta achar solução para o caso, já que os aprovados ainda não são servidores públicos porque não foram nomeados.

Fonte: Gaúcha/ZH