Senegaleses Cher e Bamba quebram preconceitos em aula com crianças do Marquês de Alegrete

Os alunos do 3º ano, da escola estadual Marquês de Alegrete, da professora Carmem Letícia, durante um debate em sala de aula sobre os Direitos da Criança, questionaram o porquê do desrespeito com pessoas que vem de tão longe para garantir seu sustento e de se seus familiares.

A idéia surgiu após Cher, o vendedor ambulante senegalês, que se notabilizou com a possibilidade  de que deveria sair do ponto onde trabalha na Andradas. A população abraçou a causa e ele ganhou a simpatia e apoio dos alegretenses.

A partir disso, surgiram várias indagações entre os estudantes, muitas sem respostas conforme a direção da escola.
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A aluna Mirela, 09 anos, perguntou à professora: “Por quê estão fazendo isso para eles (imigrantes)? Se todos nós temos direitos e deveres, onde estão os direitos deles?
A primeira ideia foi dos alunos irem conhecer os senegaleses. As professoras sugeriram, então, trazê-los até a Escola.
Então Cheikh NDow (Cherr), 39, e Bamba Diouf, 40,  foram até o Marquês, conversar com os alunos. Vestidos com roupas tradicionais do Senegal eles proporcionaram uma tarde de descobertas as crianças e professores.
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Vestidos com roupas típicas do Senegal, eles falaram sobre culinária, explicando que cozinham arroz e feijão na mesma panela; sobre sua religião muçulmana, sobre sua cultura, suas vestimentas, sua moeda, instrumentos musicais,  um pouco de suas vidas pessoais, e ensinaram algumas umas palavras em francês.
Os imigrantes explicaram que vieram para São Paulo, foram para o Rio, Passo Fundo até chegarem a Alegrete, buscando uma vida melhor. Aqui eles vendem diversas coisas.
As crianças escutaram atentas aos relatos, questionando se eles quiseram ir embora depois do que aconteceu. – Na hora sim, responderam os senegaleses, mas que por enquanto pretendem continuar por um tempo e, depois irem para perto da família.
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Os alunos entregaram cartas com mensagens e desenhos, como lembrança da visita à escola, e do Alegrete.
Eles agradeceram, dizendo que era a primeira escola em que eram convidados a visitar.  No final da visita, houve sessão de fotos e os alunos os acompanharam até o portão da Escola, para que voltassem novamente.
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Cherr e Bamba foram convidados a participar da Semana da Consciência Negra, para mostrarem um pouco de sua culinária.
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