Supermercados reforçam higienização nos carrinhos, mas clientes não colaboram

Não está fácil convencer a população de Alegrete a se recolher para evitar a propagação em massa do coronavírus.

A considerar o intenso movimento nos supermercados da cidade, onde famílias inteiras tem ido às compras, lotando os estabelecimentos em horários distintos. Com a chegada do feriado de Sexta-Feira Santa, a lotação deve ter seu pico acentuado já na quinta-feira (9), nas primeiras horas da manhã.

Os principais estabelecimentos cumprem as normas do decreto municipal. Um dos itens que está recebendo cuidados são os carrinhos. Usados para colocar mercadorias e utensílios de grande manipulação, eles acabam sendo um foco de contágio diante da pandemia do novo coronavírus. O Portal Alegrete Tudo já publicou dezenas de pautas sobre o assunto.

O hábito de não devolver o carrinho e deixar espalhado pelas ruas pode se tornar ainda mais perigoso em época de coronavírus.

 

Vários tipos de ações de higienização estão sendo realizadas pelos grandes supermercados da cidade. Nesta semana, a reportagem flagrou dezenas de carrinhos espalhados pelas ruas.

Espalhados em vários pontos alguns chegam abrigar lixo. Materiais como lata de cerveja, garrafas pet e até roupas já foram encontradas em carrinhos espalhados pela região central. Algumas lojas fazem um pente fino no final do expediente, mas alguns acabam ficando na rua mesmo, outros são roubados e acabam servindo de lixeira e até encerra para animais.

Não é novidade o assunto na 3ª Capital Farroupilha. A considerar o rodízio de pessoas circulando nos supermercados diariamente, o contato com os carrinhos precisa ser redobrado. Na rede Vivo Supermercados, as duas lojas em Alegrete usam álcool gel e diluição de água sanitária para higienização dos carrinhos, todos os dias, na primeira hora da manhã.

O gerente da unidade da Cidade Alta Carlos Alberto Souza Nunes, enfatizou o cuidado e todos dias reúne a turma para o processo em prevenção ao coronavírus.

Já no supermercado do centro, o gerente Jeisson Machado Lisboa, faz o mesmo processo diariamente e de duas em duas horas é usado álcool gel nos pega-mãos dos carrinhos.

No Nacional, o gerente da rede em Alegrete Charles Cardona, diz que todos carrinhos e cestos antes de voltarem para a linha do mercado são higienizados nos pegadores.

No Peruzzo da Venâncio, o gerente Márcio Marchezan, adotou o sistema de pulverização com álcool e produtos de limpeza. “Adotamos essa medida e logo em seguida passamos um pano em cada um deles” explica Marchezan.

 

Mesmo com todas essa medidas adotadas, a clientela acaba extrapolando. A dispersão de carrinhos é cotidiana, mesmo em época de isolamento social. Os gerentes de lojas são unânimes em afirmarem que o problema persiste, mesmo com todas ações de prevenção e bem estar dos próprios consumidores.

Júlio Cesar Santos