Surge outra categoria de negacionistas da Covid: os que reconhecem o perigo, mas se acham imunes ao vírus

O país registrou 1.726 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas – recorde desde o início da pandemia – chegando ao total de 257.562 óbitos desde seu começo. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 1.274. A variação foi de 23% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença. Já o Rio Grande do Sul também registrou, na terça-feira (2), o maior número de mortes por Covid-19 em 24 horas: 185.  Em Alegrete, os números também assustam pela evolução. Foram quatro óbitos entre segunda e terça. Nos primeiros dias de março, a tragédia anunciada pelo estatístico e advogado Marco Rego, que projeta os gráficos,  se confirmou. Embora com pesadas críticas, no dia em que o PAT divulgou a previsão, muitos se manifestaram céticos pelos números que pareciam irreais diante de uma pequena arrefecida dos índices no início de fevereiro. Entretanto, a ressalva de que o número de infectados teria um acréscimo, pós feriadão de Carnaval está se comprovado. Mas além destes números de casos positivos, o que tem preocupado toda rede de saúde é que a quantidade de infectados em uma única família é muito alto, além de pacientes que estão chegando cada vez mais  graves. Em dois dias, Alegrete registrou 171 casos positivos do novo coronavírus com a UTI lotada e número crescente de leitos. O Município chegou a 5.269 casos confirmados, com 4.362 recuperados, 838 ativos (810 estão ativos em isolamento domiciliar e 28 hospitalizados positivos de Alegrete) e 70 óbitos.

 

Foram realizados 20.405 testes, sendo 14.856 negativos, 5.269 positivos e 280 aguardando resultado. Em observação com síndrome gripal são 1.089 pessoas.

A secretária da Saúde do Estado, Arita Bergmann, disse em reunião na tarde de ontem que, mesmo com todas as ações, a velocidade de transmissão do vírus é muito alta, porque esse vírus parece ser diferente, é quase uma outra pandemia. “Precisamos da colaboração das pessoas para que os contágios deixem de acontecer. Se puder, fique em casa”, alertou Arita.

 

 

Um outro fator muito grave apontado pelos especialista é a questão da covid-19 ter se  rejuvenescido no Brasil. Hoje, muitos jovens são internados e desenvolvem casos graves. Esses indivíduos têm uma força de transmissão enorme, porque eles se aglomeram, cantam, falam alto e repetem todos aqueles comportamentos que é sabido serem decisivos para transmitir uma doença viral respiratória.