Suspeita de ter atropelado jovem em Pinhal Grande diz que não percebeu que vítima estava embaixo do carro

Segundo a Polícia Civil, a mulher de 39 anos negou a versão dada por testemunhas de que teria passado o carro pelo menos três vezes por cima de Robson Santos da Silva, de 22 anos.

“A vítima teria sentado espontaneamente no capô do carro dela e ela andou alguns metros com ele, vindo a frear e ele teria caído embaixo do carro e ela não teria percebido que ele estava embaixo do carro. Ela teria engatado o carro e passou sobre ele novamente, depois engatou para arrancar e novamente teria passado por cima do corpo do Robson”, diz a inspetora da polícia, Isabel Vendrusculo.

A motorista teria dito também que não estava embriagada e que tinha bebido apenas uma lata de cerveja. Sobre a omissão de socorro, ela informou que levou as amigas em casa, após o atropelamento, e depois voltou com um genro, mas que Robson já estava sendo socorrido.

“Não houve omissão de socorro, não houve a intenção de que houvesse o crime. Foi uma fatalidade, um acidente que infelizmente levou a óbito o Robson e é uma coisa devastadora na vida dela”, diz o advogado Ricardo Martins.

A mulher deve ser indiciada por homicídio qualificado, sem dar chance de defesa à vítima. A prisão preventiva foi solicitada mas negada pela justiça.

Segundo a juíza Samyra Remzetti Bernardi, “não há indícios de possibilidade de reiteração criminosa a indicar risco à ordem pública; e a investigada informou que se apresentaria, voluntariamente, à Delegacia de Polícia nesta data, não havendo risco, a princípio, à investigação”.