Os alegretenses, João Batista Padula, a esposa Liliane e mais dois casais de outras cidades gaúchas, percorreram nada mais, nada menos do que 8 mil Km de moto.
Ao todo, foram 18 dias na estrada, por cinco países, desbravando estradas e locais inusitados. Desde que saíram do Brasil, foi muito chão em cima de duas rodas.
Padula conta que passaram pela Argentina, Bolívia, Peru e Chile. “Não tem como explicar, só vivendo tudo o que vimos e conhecemos”.
Na Bolívia, o povo não é tão amigável e vimos locais com menos condições econômicas, mas existem lugares magníficos.
Já no Peru, visitaram o vale sagrado, aquele local imenso com muita gente reverenciando as suas crenças – É lindo demais! destacam.
A vida no lago Titicaca é incrível ,segundo o casal. São famílias vivendo numa camada como se fosse palha em cima do lago, impressionante!!
Ainda em terra peruanas, conheceram Machu Pichu, toda aquela magia de lugar, e relatam que lá conheceram uma enorme variedade de batatas, alimento que surgiu com o povo Inca.
Durante toda a viagem, em todos os locais que pararam era folha de coca, chá de coca, hábito da região, que tivemos que aderir para enfrentarmos a altitude, conta Padula.
O casal diz que teve uma parte do trajeto da viagem que de um lado estava a Cordilheira do Andes e de outro o Oceano Pacifico. Simplesmente um show! Com uma câmera acoplada ao capacete, a Liliane só ia clicando e registrando tudo, revela.
Na Bolívia, rodaram quilômetros e mais quilômetros tendo como companhia, ao lado da estrada, somente sal. “Era tanto sal que parecia que perdíamos a noção de espaço”, salienta o motociclista.
Na foto acima está o Salar de Uyni, a maior planície de sal do mundo, com 10.582 quilômetros quadrados. Ele está localizado nos departamentos de Potosí e Oruro, no sudoeste da Bolívia, perto da borda da Cordilheira dos Andes e está a uma altitude de 3.656 metros acima do nível médio do mar.
Além do peso da moto super tenere, eles ainda tinham as mochilas com o mínimo de tudo que precisaram para enfrentar esta longa aventura.
Como estão acostumados a fazer grandes trajetos de moto, o bancário aposentado confessa que a esposa chegou a dormir enquanto ele dirigia. Teve um momento em que ela sonhou que estava dando espaço a uma pessoa para sentar em um banco e, daí a moto balançou, fala brincando.
Cansar?! Claro que a gente cansa! Mas em compensação não tem nada que pague o que conhecemos. As culturas, os povos que convivemos e tanta coisa. Cada um escolhe o que fazer depois de se aposentar. Nós, preferimos viver e muito, relata, rindo, Padula com o boné que protegeu as orelhas, usado durante a viagem.
Para enfrentar uma aventura deslumbrante como esta foi necessário muita pesquisa em mapas, como o Google Earth, e claro o amigo GPS. O grupo já fez um relatório da viagem a outros aventureiros, do Brasil, que quiserem fazer o mesmo trajeto.
Por: Vera Soares Pedroso
Fotos: Arquivo pessoal João Batista Padula
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