Veja quem são os presos do RS após invasão da Praça dos Três Poderes

Entre os presos, estão microempreendedores individuais (MEIs), empresários e professores. Autoridades do estado dizem que participação de gaúchos em atos golpistas é investigada.

Ao menos 17 pessoas do Rio Grande do Sul foram identificadas pelo governo do Distrito Federal entre os presos por envolvimento nos ataques terroristas ocorridos na Praça dos Três Poderes, no domingo (8), em Brasília. A lista de presos passou de 1 mil nomes nesta quarta-feira (11).

Entre os presos, estão microempreendedores individuais (MEIs), empresários e professores. Há pessoas identificadas de cidades como Gravataí, Bagé, Santa Maria, Três Passos, Santa Rosa, Porto Alegre, Pantano Grande, Horizontina, Passo Fundo, São Leopoldo e Caxias do Sul. Veja a lista abaixo.

O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, afirmou que a participação de gaúchos em atos golpistas é investigada pelo estado. “Saíram ônibus com gaúchos para Brasília, saíram das imediações do Comando Militar do Sul”, disse o secretário.

De acordo com o chefe da Polícia Civil do RS, Fábio Motta Lopes, a investigação dos ataques está sendo conduzida por Brasília, mas as forças de segurança do RS estão colaborando com informações. “Há um controle no estado [sobre] quais são os ônibus, quem são os passageiros. Se alguém usou nomes falsos, vamos chegar a essas identificações”, afirmou.

Não há informações oficiais das forças de segurança sobre o número de ônibus que saiu do Rio Grande do Sul com destino a Brasília. Mas o g1 apurou, com base em documentos do Supremo Tribunal Federal (STF), que pelo menos três veículos com placas do RS chegaram à Praça dos Três Poderes no domingo.

Veja quem são os gaúchos presos:

  • Eduardo Zeferino Englert, de Santa Maria, na Região Central, tem 41 anos. O empresário chegou a publicar sobre a viagem no Facebook: “Dizia ele, estou indo para Brasília, neste país lugar melhor não há”, escreveu em seu perfil. De acordo com o advogado Marcos Azevedo, que representa Eduardo, “o presídio em Brasília não fornece atendimento aos familiares nem ao advogado, que estão sem contato desde o dia 8”. Azevedo disse ainda que “nada justifica a demora na realização da audiência de custódia”.

  • Ademir Domingos Pinto da Silva, de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, tem 52 anos. É MEI. Conforme publicações nas redes sociais, já trabalhou com eletrônicos e extintores de incêndio. O g1 não localizou a defesa de Ademir.
  • Cláudio Antônio Mesquita Peralta, de Bagé, na fronteira com o Uruguai, tem 59 anos. O g1 não localizou a defesa de Cláudio.
  • João Ramão Moraes Diniz, de Porto Alegre, tem 59 anos. É MEI e já trabalhou como técnico de refrigeração. O g1 não localizou a defesa de João.
  • Paulo Cichowski, de Pantano Grande, no Vale do Rio Pardo, tem 47 anos. Segundo comentários nas redes sociais, é conhecido como “Alemão”. MEI, já trabalhou com varejo de móveis e eletrodomésticos. O g1 não localizou a defesa de Paulo.
  • Ivett Maria Keller, de Santa Maria, na Região Central, tem 57 anos. Conforme perfil nas redes sociais, é sócia de uma revenda de semijoias. Nas redes sociais, ela fez diversas publicações de apoio a Bolsonaro. O g1 não localizou a defesa de Ivett. Contatada pela reportagem, a empresa disse ter conhecimento da detenção dela, mas não quis se manifestar.

  • Airton Dorlei Scherer, é de Horizontina, na Região Noroeste, e tem 44 anos. É MEI. Nas redes sociais, familiares fizeram postagens sobre a prisão dele. O g1 não localizou a defesa de Airton.

  • Ressoli Praetorius de Mello, de Passo Fundo, na Região Norte, completa 54 anos nesta quinta-feira (12). Professor de ensino fundamental, foi candidato a vereador pelo PSC em 2012, mas não foi eleito. Na ocasião, o partido compôs chapa com o PT. Consta como usuário da rede social “Pátriabook”. O g1 não localizou a defesa de Ressoli.

  • Jairo Machado Baccin, de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, tem 50 anos. É professor de hebraico bíblico, conforme suas redes sociais. Consta como usuário da rede social “Pátriabook”. O g1 não localizou a defesa de Jairo.
  • Marcos Novakoswki Krahn, de Ijuí, na Região Noroeste, tem 39 anos. Trabalhador de artes gráficas, foi candidato a vereador em 2020 pelo Patriota, mas não foi eleito. O g1 não localizou a defesa de Marcos.
  • Mirian Gladis Lemmann, de Santa Rosa, na Região Noroeste, tem 50 anos. O g1 não localizou a defesa de Mirian. Familiares dela, naturais da Argentina, disseram não saber detalhes da prisão da bolsonarista.
  • Valquiria Mariza Dias Jahnke, de São Pedro do Sul, na Região Central, tem 45 anos. O g1 não localizou a defesa de Valquiria.
  • Telmo José Reginatto, de Caxias do Sul, na Serra, tem 45 anos. Também MEI, trabalha com obras de alvenaria na região de Desvio Rizzo. O g1 não localizou a defesa de Telmo.
  • Lucas Schwengber Wulf, natural de Santiago e morador de Três Passos. Tem 35 anos e é arquiteto. É casado e tem um filho. Chegou ao DF em 8 de janeiro em um ônibus que saiu de Santa Rosa. Em documento obtido pela TV Globo, Wulf informou que não tem advogado de defesa.
  • Miguel Fernando Ritter, morador de Santa Rosa, de 59 anos. Informou à polícia que chegou ao Distrito Federal dia 8 e tinha planos de retornar em 9 ou 10 de janeiro. Disse que já estava tudo depredado quando chegou ao local. O g1 entrou em contato com a defesa de Ritter, mas até a última atualização desta reportagem não havia obtido retorno.
  • Holvery Rodrigues Bonilha, 1º tenente da reserva da Brigada Militar (BM), tem 53 anos. Ingressou na Corporação em 1994. O g1 não localizou a defesa de Holvery.
  • Noemio Laerte Hochscheidt, 2º sargento do Exército Brasileiro, tem 51 anos. Foi para a reserva em 2020. O g1 não localizou a defesa de Noemio.

Por Redação, g1 RS

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