Vídeo em que padrasto agride adolescente de 13 anos durante aula online é investigado no RS

Atividade era transmitida ao vivo e imagens circulam pela internet. Caso que aconteceu em Erechim é apurado pela Polícia Civil e o Ministério Público em sigilo, por se tratar de menor de idade. Conselho Tutelar orienta a não compartilhar o vídeo.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio Grande do Sul investigam imagens em que um adolescente de 13 anos aparece sendo agredido pelo padrasto, durante uma aula online de uma escola privada de Erechim, no Norte do estado. A atividade era transmitida ao vivo no último dia 12.

Nas imagens, que tiveram a autenticidade confirmada pelo Conselho Tutelar do município, o homem aparece discutindo com o adolescente, e puxando-o da frente do computador. Logo depois, o menino volta a sentar. Em seguida, é possível ver o homem puxando o cabelo do adolescente.

O Conselho Tutelar pediu que o Ministério Público encaminhe solicitação para remoção do vídeo de redes sociais, e solicitou que a escola orientasse os alunos a não espalharem as imagens. O G1 não publicou o vídeo para preservar a criança e por conter imagens fortes.

A escola denunciou o caso ao Conselho Tutelar e avisou a mãe do adolescente. A mãe registrou ocorrência pela internet no dia seguinte, e a Polícia Civil abriu inquérito. Segundo a delegada Raquel Kolberg, o caso é sigiloso, por envolver um menor de idade.

Adolescente foi encaminhado pelo Conselho Tutelar para atendimento psicológico em Erechim — Foto: Reprodução

Adolescente foi encaminhado pelo Conselho Tutelar para atendimento psicológico em Erechim — Foto: Reprodução

A mãe e o padrasto serão chamados a depor. Procurada pelo G1, a escola afirmou que não irá se manifestar.

O Conselho Tutelar encaminhou o menino para atendimento psicológico pelo município, e protocolou uma notícia de fato na Promotoria de Erechim, que também investigará o caso.

“O Ministério Público está investigando de forma aprofundada os fatos, tanto na seara da infância e da juventude, buscando tutelar os direitos do adolescente vítima, tanto na seara criminal, acompanhando a apuração dos fatos visando a responsabilização do agressor no âmbito criminal”, explicou o MP ao G1.

Fonte: G1