Vinte e cinco anos depois do primeiro caso, saiba como está a AIDS em Alegrete

Passadas duas décadas e meia do aparecimento do primeiro caso de AIDS em Alegrete, a doença continua contaminando pessoas. Não há estatísticas oficiais ao longo desse período, apenas a partir de 2007. As estatísticas destes sete anos, apontam para o diagnóstico de 165 casos no município, nesse período, o ano em que a incidência foi maior, ocorreu em 2012 com 32 casos.
No comparativo homem/mulher, as mulheres contraem mais o vírus em cerca de 15%, são 87 casos do sexo feminino para 78 masculinos. Em igual período, apenas duas criança, um menino e uma menina contraíram a doença.
Para o presidente do Grupo Esperança, única ONG na região, voltada a assistência de portadores do HIV, Inácio Silva, a retração das campanhas de conscientização tem efeito no comportamento das pessoas e, logo na proliferação do HIV.
Os números oficiais certamente não refletem o total de pessoas portadoras da doença, pois não estão contabilizadas nessa estatística, aquelas pessoas que contraíram o vírus no período anterior a 2007, ciclo em que a conscientização da população era menor e os riscos bem maiores.
Para o presidente da ONG, existem aproximadamente 800 pessoas contaminadas com HIV no município, esse cálculo é baseado nos números registrados pelo Grupo Esperança nos últimos anos.  Somente entre os assistidos com cestas básicas, fraldas, acompanhamento médico e psicológico, o número é superior a 300 pessoas.
A população pode ajudar a manter esse trabalho filantrópico, fazendo doações em gêneros alimentícios e medicamentos diretamente na sede do Grupo Esperança na Praça General Osório, de frente ao camelódromo.
 
Foto: Inácio Silva, presidente do Grupo Esperança
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