A Covid foi devastadora na pior semana desde o inicio da pandemia em Alegrete

Alegrete fecha a semana com recorde de pessoas positivadas, internadas e em isolamento domiciliar, por covid, em toda pandemia.

Na noite de ontem(5), segundo o Boletim Epidemiológico, Alegrete registrou recorde nos números. Assustador, desesperador e lamentável, depois de uma nota da Santa Casa de Caridade de Alegrete, onde a Direção alertou para o colapso total na Instituição de Saúde. Referindo-se a toda sobrecarga nos leitos, tanto UTI Covid, como nos leitos, desde a UPA e o Hospital de Campanha.

 

Alegrete vive um cenário catastrófico nas últimas semanas: além da explosão das transmissões por coronavírus e das mortes em decorrência da doença, a população enfrenta falta de vagas em unidades de terapia intensiva (UTI) em várias cidades, não só aqui, onde já está com 100% da lotação, mesmo com os leitos extras.

A ocupação de leitos da UTI Covid, por exemplo, dos 10 leitos iniciais, que depois ficaram oito, com dois para emergências, retornaram para 10 e já estão há mais de uma semana com toda capacidade completa e ultrapassando esse limite, pois no Hospital de Campanha, pacientes estão com ventilação mecânica ou entubados.

“Essa é uma tragédia anunciada. Desde novembro, os cientistas já avisaram que o Sul passaria por uma onda devastadora de covid. Mas houve um total desprezo pelos alertas que vínhamos dando”, diz Domingos Alves, professor de Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto.

 

Alerta este, também feito pelo alegretense e advogado, o estatístico, Marco Rego, principalmente, em relação ao período de Carnaval. Conforme o Boletim Epidemiológico, o recorde dos casos, foi dos positivados com 154, além de 1084 ativos, sendo que 1049 estão ativos em isolamento domiciliar e 35 hospitalizados positivos de Alegrete. Há  235 aguardando resultado e, em observação com síndrome gripal são 1.344 pessoas.

Entre os números de positivados em isolamento domiciliar e,  em observação com síndrome gripal são 2.393, o que torna-se também um número muito grande de acompanhamento para toda rede de saúde do Município. Isso requer ainda mais atenção e conscientização dos pacientes para que realmente cumpram com os protocolos. Sendo o principal, não descumprir o isolamento, pois isso representa um risco muito alto de contágio.

No dia 2 de março, o Rio Grande do Sul bateu seu recorde de óbitos por covid-19 desde o início da pandemia: 184 pessoas morreram em 24 horas. Um dia depois, foram mais 179 vítimas, o segundo pior dia desde março do ano passado.

Flaviane Antolini Favero