A propósito: no Dia de Combate ao Alcoolismo, como está sua relação com a bebida?

A sexta-feira, início do aguardado final de semana, seja para relaxar em casa com uma taça da vinho ou beber uma cerveja gelada com os amigos, ironicamente, este ano, apresenta-se de uma forma diferente.

A propósito: no Dia de Combate ao Alcoolismo, como está sua relação com a bebida?
A propósito: no Dia de Combate ao Alcoolismo, como está sua relação com a bebida?

O dia 18 de fevereiro também é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo.

Com isso, é importante falarmos sobre danos e doenças que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar. Segundo o Instituto Brasileiro do Fígado, 55% da população Brasileira tem como costume de “sair para beber” e, desse mesmo grupo, 17,2% declarou o aumento do consumo de álcool durante a pandemia, também associado ao quadro de ansiedade e depressão decorrente ao isolamento social.
Surge então, o costume de “beber socialmente”, apenas nos fins de semana, e dessa forma acredita-se que não são dependentes do álcool, mas o hábito também pode causar danos à saúde.

“Nesse caso, inicialmente não se caracteriza uma dependência alcoólica, podendo, porém, ser entendido como uso nocivo de bebida alcoólica. O uso nocivo é um padrão de consumo que causa danos à saúde, físicos (como hepatite alcoólica) ou mentais (como piora de quadros ansiosos e depressivos). Padrões nocivos de uso são frequentemente criticados por outras pessoas e estão associados a consequências sociais adversas de vários tipos”- destaca a coordenadora da Saúde Mental, a Psicóloga Nádia Mileto.

Comportamentos que indicam uma bandeira vermelha:

  • Dificuldades em controlar o comportamento de consumo de álcool. Em muitos casos, o indivíduo acredita poder parar quando quiser. E, vez ou outra, até consegue parar por um período, mas somente quando o corpo já não consegue absorver mais o excesso da substância.
  • Aumento da dose: Com o aumento da tolerância à bebida, acontece o aumento da dose para conseguir o mesmo efeito. Aqui percebe-se claramente que o indivíduo não degusta a bebida, mas bebe como quem mata a sede. O álcool já não é mais um pretexto para socializar, a busca se torna diretamente o efeito – ou seja, a embriaguez.
  • Abandono de interesses: O usuário, que anteriormente participava de diversas atividades, passa a negligenciar seus interesses e vínculos – laborais, acadêmicos ou até no lazer – e passar a orientar a vida em torno da relação com a bebida. Na fase mais profunda do vício, passa a não ter cuidados pessoais, deixando de tomar banho, comer e escovar os dentes, abandonando a si mesmo.
    Persistência nociva: Quando, apesar das consequências negativas decorrentes do abuso de álcool, como envolvimento em acidentes de carro, quedas com lesões corporais, até quando exames clínicos denunciam alterações significativas no organismo, o usuário não consegue ou se interessa em reduzir o consumo.
    Mentiras: O alcoolista passa a mentir com frequência e suas mentiras se tornam cada vez maiores. Mente sobre onde estava e com quem estava, passa a usar as mentiras para justificar suas faltas ao trabalho e ausência de outros compromissos. Mente em busca de dinheiro para financiar o vício e se torna agressivo quando questionado.
  • Estado de abstinência: Um dos sinais mais evidentes de que a relação com a bebida está em um nível problemático, é na falta dela. Quando na interrupção do uso, por qualquer motivo, o indivíduo apresenta alguns sintomas de “fissura” – que podem ser desde tremores nas mãos até uma crise convulsiva.

Ao observar alguns dos sintomas citados, é de grande importância que o SAMU Mental seja ativado, através do número 991553363, para que a equipe de Redução de danos entre em ação.

Agradecimentos a Nádia Mileto e Suzana Martinez.

Camila Barbosa

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