Agentes da segurança pública de Alegrete participam de manifestação contra a Reforma da Previdência

Policiais civis, militares, agentes penitenciários e movimentos sindicalistas protestaram, realizaram na última quinta-feira(7), um protesto contra o texto da PEC 06 da Reforma da Previdência, promovido pela equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (PSL). A manifestação, na cidade de Uruguaiana, saiu da Delegacia de Polícia e terminou com uma audiência na Câmara de Vereadores, onde os manifestantes foram recebidos pelo Prefeito Ronnie Peterson Colpo Mello, Presidente da Casa, Vereadora Zulma Ancinello e demais vereadores. Centenas de policiais, dentre eles representantes de Alegrete, falaram do risco que essa medida oferece a todos os cidadãos.

Entre as medidas que não agrada aos agentes de segurança pública estão a exclusão da seguridade de benefício para o risco de vida, o aumento nas alíquotas previdenciárias e a diminuição das pensões para cônjuges de policiais. Se isso aprovar vai afetar diretamente a todos . “O policial não pode se colocar no risco, pois a família vai ficar sem seguridade, além da pensão ser  proporcional ao tempo que ele contribuiu. São vários policiais que estão na linha de frente colocando a vida em risco diariamente. Dentre eles, os mais jovens, se eles tombarem, a família fica desamparada” – disse um dos PMs.
Eles também acrescentam que a população deve ter consciência do que poderá acontecer e será importante para cobrar e impedir do governo tal reforma. Os policiais são a segurança de quem dá sustentação para o governo.

 

“Nesses moldes que está desenhando o pacote, o chamamos de “Pacote da morte”.  As lideranças e os cidadãos que votaram, que cobrem do governo e apoiem a retirada dessa PEC, que afeta os direitos que foram conquistados. Não há privilégios. O policial sai todos os dias para lutar, proteger e até morrer, isso não é privilégio” – falou.

No próximo dia 13 novamente terá uma paralisação. Neste dia a Delegacia de Polícia em Alegrete deixa de atender diversos serviços. A orientação do Sindicato (UGEIRM), é para que não haja circulação de viaturas. Todas devem permanecer paradas. No plantão policial só serão atendidas ocorrências policiais de Maria da Penha com pedido de medidas protetivas, atendimento a idosos, homicídios, estupros, furto/roubo de veículos (com exceção de devolução de veículos) e prisões. Não serão procedidas diligências externas, e nem a confecção de inquéritos e termos circunstanciados.

 

Flaviane Antolini Favero