Alegrete está na rota dos parques eólicos do Estado

A perspectiva de Alegrete receber um parque eólico é real e pode ser comprovada em estudos que constam no Atlas Eólico do Estado, que aponta o Municio com um potencial extraordinário para a geração da chamada energia limpa. O vereador Zé Paulo, tem trabalhado na busca da viabilização de investimentos nessa área.

Foto - Preta,Diretor Presidente Eletrosul Eurides Luiz Mescolotto e Zé Paulo

 “Estamos empenhados junto com o governo municipal, desde o ano passado, na busca de que Alegrete também usufrua da energia eólica; e contagiados de entusiasmo com essa perspectiva”. Dessa forma o vereador Zé Paulo (PT) comemorou a inclusão de Alegrete entre os três municípios com maior potencial eólico do Rio Grande do Sul, no Atlas Eólico do Estado, atualizado depois de 12 anos. O material foi elaborado pela Eletrobrás – Eletrosul, juntamente com o Ministério de Minas e Energia e pelo Governo do Estado (gestão Tarso Genro), concluído ainda no ano passado. – Em maio de 2014 estivemos com a vice- prefeita Preta Mulazzani em Santa Vitória do Palmar, quando conversamos com João Ramis, representante da Eletrosul e presidente das usinas eólicas Hermenegildo e Chuí, no município de Chuí.

Naquele encontro, Alegrete teve sua  inclusão na Associação de Municípios com Potencialidade Eólica do Estado. “Na época, não tínhamos ideia do resultado do estudo atualizado do Atlas Eólico, pois ele estava sendo finalizado, mas sempre estivemos motivados na busca de novas alternativas para potencializar a nossa economia”, conta o vereador.

Os potenciais eólicos calculados confirmam a importância da energia eólica na matriz energética do Rio Grande do Sul. A vice-prefeita Preta Mulazzani tem mantido contato com várias lideranças e na semana recebeu da Eletrosul, a confirmação para o  dia 24 de março, às 11h, no Centro Administrativo, um encontro para a apresentação do Atlas Eólico em Alegrete. Está confirmada a presença do diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, uma das principais referências em energia eólica no Brasil.

Para a vice-prefeita Preta, a apresentação do Atlas Eólico em nossa cidade e a inclusão de Alegrete nele, é uma grande oportunidade de atração de investimentos. “Precisamos nos apropriar e buscar parceiros”, disse. O prefeito Erasmo, por sua vez, acredita que o fortalecimento da matriz eólica no Rio Grande do Sul é questão fundamental para complementar e sustentar o atual sistema. “E Alegrete tem agora a oportunidade de fazer parte deste processo”, avaliou.

João Ramis, Preta e Zé Paulo

O Atlas Eólico é um dos principais instrumentos para políticas públicas e para o incentivo de investimentos em energia eólica do Brasil. “Estamos dando os primeiros passos, para colocar o nosso Alegrete como referência eólica em nosso estado”, comemora Zé Paulo.

Os parques eólicos representam bilhões de reais em investimentos e criam milhares de postos de trabalho em regiões que antes eram consideradas economicamente deprimidas. ” Os bons ventos sopram na direção do crescimento com sustentabilidade. Esse encontro será a demonstração do significado para o futuro da nossa cidade: conquistar um Parque Eólico”, confia o vereador.

São dois ventos dominantes na fronteira oeste do Rio Grande do Sul – o Aragano, no verão, e o minuano, no inverno. Sopram o ano inteiro, chegam a 80 quilômetros por hora. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Rio Grande do Sul tem mais de 1 gigawatt (GW) de potência instalada de energia eólica, e é o atual terceiro maior parque gerador do Brasil, com 23 parques eólicos construídos. Em função dos leilões de energia já realizados, até 2018 o Estado terá potência instalada de 2.053,9 MW, em 91 parques – totalizando investimento de R$ 8,6 bilhões.

Há 20 anos, a energia eólica era uma utopia improvável. Hoje o vento já contribui com 4,2% da energia consumida no mundo e é uma das fontes que mais crescem. Há dois anos cresce acima de 20% ao ano. Já está presente em 80 países.