Alegretense completa travessia Cassino ao Chuí, caminhando 235 km

Você já se imaginou caminhando dos molhes da barra da Lagoa dos Patos, no balneário do Cassino em Rio Grande- RS, até os molhes da barra do arroio Chuí, na divisa com o Uruguai, 235 km de praia. Ufa

Alegretense caminhou os 235km

Essa é para poucos e aventureiros de carteirinha.

Trechos desérticos encarados pela alegretense

Foi justamente este trajeto que a alegretense Elvira Paim radicada em Porto Alegre fez caminhando em 9 dias. Acostumada a ultramaratonas e desafios extremos, Elvira topou mais uma aventura.

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Alegretense contemplou a paisagem

Ela iniciou a travessia no dia 14 de janeiro às 7h, saindo dos molhes da Barra do Cassino, com apenas uma mochila nas costas juntamente com mais 12 caminhantes.

Elvira nos molhes

Após 9 dias, travessia concluída com êxito. A alegretense aportou nos molhes de Chuí por volta das 14hs. Ela descreve com uma aventura muito legal, Caminhando uma média de 30km por dia, e à noite pernoitavam em acampamentos bem raiz, banho só em poças de água da chuva, conta a aventureira.

Momentos de reflexão durante a jornada épica
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A travessia é organizada por uma empresa chamada Caminho dos Faróis, coordenada pelo aventureiro

Fernando Souza Neto, que escreveu um livro após sua saga em 2012, quando fez essa travessia sozinho.

Elvira e o organizador Fernando Neto

“Foram 9 dias de caminhada sob sol abrasador, chuvas, tempestades, raios, ventania. Eu queria fazer algo assim, para curtir a região que eu já conhecia de outros carnavais”, explica.

Clima adverso foi um dos obstáculos

Elvira resume a travessia como um trekking de nível difícil, com areia, vento, calor, lonjuras, fazendo jus ao apelido dado para região de Abismo Horizontal.
Logo no primeiro dia, o calor foi ao extremo. Elvira acabou vomitando toda água, pois o líquido estava quente. Típico da travessia, o tempo mudou e caiu um temporal. “A cada dia, um novo dia”, ensina a aventureira.

A alegretense diz que aproveitou a travessia para meditar, pensar na vida, nos caminhos. Sobre a região destaca que é cabulosa em termos climáticos, por isso o cuidado da equipe foi fundamental. No grupo havia veganos,vegetarianos, caminhantes experientes e iniciantes. que durante os 235 km caminharam com areia batendo nas canelas.

No penúltimo dia, os aventureiros deixaram mensagens em forma de bandeiras no varal de orações, idealizado pelo Fernando Neto. Momento muito bonito e emocionante descreve a alegretense.

Momento ímpar, segundo a alegretense

A travessia cruza pelos Faróis, Verga, Seria, Albardão e o do Chuí onde encerrou a aventura no no sábado (22), depois de momentos de tensão ( integrantes da travessia com Covid-19) acabou deixando o clima tenso.

A travessia cruza uma faixa de areia contínua que se estende à fronteira sul do Brasil, com o oceano Atlântico à esquerda e a estação ecológica do Taim e Lagoa da Mangueira à direita. Uma praia preservada pelo difícil acesso, o que faz com que, dos seus 235 km, 180 sejam praticamente desertos.

Alegretense concluiu sua primeira travessia até o Chuí

Fotos: acervo pessoal

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