Ansiedade e depressão aumentaram durante a pandemia

Não é frescura e nem falta de Deus. É uma doença, e assim como as outras precisa ser tratada.

Ansiedade e depressão aumentaram durante a pandemia
Ansiedade e depressão aumentaram durante a pandemia

Em pleno século XXI, mesmo com tantos estudos e especialistas expondo a seriedade desses problemas, ainda há pessoas que acreditam que isso é bobagem, falta do que fazer, falta de Deus e/ou para chamar atenção.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou um relatório afirmando que o número de indivíduos com depressão e/ou ansiedade aumentou muito nos últimos anos. De acordo com o relatório, cerca de 330 milhões de pessoas convivem com essa doença e com os danos causados no cotidiano.

A ansiedade é mais presente no Brasil do que nos outros países. Segundo pesquisas, 10% dos brasileiros sofrem com os sintomas, tais como: ataques de pânico, fobias, transtornos obsessivos compulsivos (TOC), estresse e ansiedade generalizada.

Com a chegada da COVID-19, os impactos foram incontáveis, não só na economia como na saúde psicológica de todos. O isolamento social, o medo, a incerteza, preocupação e o “modo alerta” colaboraram diretamente com o desenvolvimento da depressão e ansiedade.

ANSIEDADE

É um termo usado para caracterizar distúrbios que causam angústia, medo, apreensão, nervosismo e preocupação. Não é um sentimento que aparece em alguns momentos específicos, como antes de realizar uma prova ou entrevista, mas sim em vários momentos, sem ocasião específica.

DEPRESSÃO

É uma doença psíquica em que o indivíduo sente tristeza profunda e inconsolável, baixa autoestima e sentimento de culpa. Alteração no apetite e no sono também surgem, além da falta de prazer em realizar todas as coisas, hobbies que antes alegravam, não alegram mais. A pessoa com essa doença não sente motivação e pode ter vários pensamentos suicidas.

Com problemas advindos da pandemia como o desemprego, isolamento e suba dos preços em geral, muitas pessoas desenvolveram esses problemas mentais. O medo de não ter condições de sustentar a família, de não ter o que comer, de arcar com as necessidades essenciais e/ou responsabilidades são os principais responsáveis.

Doutores aconselham que os mais próximos das pessoas que passaram por esses acontecimentos, “abram o olho” e fiquem alerta a qualquer atitude que possa ser sinal de depressão e, procurem ajuda de um profissional, pois pode desencadear acontecimentos que não terão solução, como a morte.

“Há 4 meses meu filho se suicidou por enforcamento, ele sofria de depressão.”, contou a estudante de enfermagem Vanda. “Ele tinha apenas 23 anos”, completa a mãe.

É triste o cenário em que vivemos e mais triste ainda a falta de empatia presente na sociedade. Pense antes de falar e agir, pois suas atitudes podem ser a ruína de uma pessoa, hoje pode ser um desconhecido, mas amanhã pode ser alguém que você ama.

Geovanna Valério Lipa

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