Assim como Uruguaiana, Alegrete se prepara para gradativa extinção de carroças

Na última semana foi aprovado na Câmara de Vereadores de Uruguaiana um Projeto Lei que cria o Programa Municipal de Redução Gradativa do Número de Veículos de Tração Animal.

Carroça

O objetivo é, em dois anos, extinguir a circulação de carroças na área urbana do município. O projeto dispõe sobre todo veículo de tração animal, ou seja, puxado por equinos, asininos, muares e bovinos, com o objetivo de transportar carga, passageiros ou misto.

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Em Alegrete, esse assunto gera grandes debates nas redes sociais e, também, entre as Ongs e ativistas da causa.

O PAT buscou informações com a Secretaria de Segurança, Mobilidade Urbana, por meio da Guarda Municipal que está realizando o cadastramento dos condutores, o emplacamento das carroças e a entrega de habilitações para proprietários de veículos de tração animal, além de todos os que são carroceiros, conforme participação do Curso de Formação de Condutores de Veículos de Tração Animal,

A liberação, de acordo com o Guarda Municipal, atende ao exposto na Lei Municipal n° 6134/2019 que visa cadastrar e identificar tais veículos e carroceiros. 

Na última ação, que foi realizada nesta semana no CTG Farroupilha, o diretor da Vigilância Sanitária e veterinário, Carlos Humberto da Conceição, descreveu que estavam realizando a 4ª ação de emplacamento, bem como também é feita uma avaliação dos animais. No curso realizado, destacamos o horário de circulação conforme Decreto, que está proibido, entre às 11h e 16h, assim como, todos os cuidados dos animais e principalmente a questão de excesso de peso e o correame(todo material utilizado no animal para atrelar à carroça). Os equinos não podem transitar com ferimentos e para receberem a carteirinha todos os carroceiros estão previamente cadastrados e já realizaram o curso de formação.

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Todo esse cadastramento, segundo o guarda municipal, Marcelo Aurélio Nunes visa, com o tempo, realizar o uma preparação para que no futuro o trabalho com tração animal seja extinto no Município. “Todos os carroceiros(como popularmente são chamados), estão cadastrados, mas ainda há um número expressivo que não realizou o curso de formação. Mas mesmo assim será possível ter um controle e realizar um trabalho social voltado a essas famílias que dependem das carroças para o sustento.

É preciso gerar maior responsabilidade na condução do veículo, ao mesmo tempo evitar excessos e maus tratos aos animais”, ressalta.

Dos 80 cadastrados até o momento e com as carroças emplacadas, além das carteirinhas, 12 já estão no Projeto reciclar da Secretaria do Meio Ambiente e também são atendidos pela Secretaria de Assistência Social do Município.

“Esta iniciativa evidencia a necessidade de maior cuidado com os animais, evitando assim os maus tratos e também as condições na condução em relação ao trânsito, obedecendo as normas elencadas no CTB”- comentou.

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De acordo com a Vereadora Dileusa Alves, a ação de cadastramento dos animais e dos carroceiros é uma maneira de fazer com que todos venham a se adaptar. Todos os proprietários de carroças podem ter no máximo quatro animais, desta forma, os animais não serão transferidos para outras pessoas, isso vai auxiliar para que as famílias busquem outras alternativas de sustento, além da necessidade de políticas para apoia-los.

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Dentro de alguns anos, Alegrete também, terá a extinção do trabalho realizado por tração animal. Atualmente, a preocupação é em relação aos animais estão doentes, pois há uma quantidade expressiva que está morrendo por tétano. Somente nos últimos dias foram seis equinos eutanasiados, um por acidente e cinco por tétano. “Acontece que os cavalos estão com uma alimentação irregular, além disso, a maioria dos animais soltos não são dos carroceiros que dependem da tração animal para renda familiar. Atualmente no potreiro há cinco cavalos. “- informou Marcelo.

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