Audiência Pública confirma que ainda falta efetivar políticas de inclusão

A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla promovida pela APAE em Alegrete realizou,  no dia 23, uma audiência pública na Câmara de Vereadores sobre inclusão- indicada pela Vereadora Miriam Shure.

Este que é um tema que gera reclamações e ainda depende de políticas públicas para ser efetivado em muitos setores da comunidade.

O presidente da AFAAD, Rui Medeiros, colocou que ainda falta muito para Alegrete ser uma cidade inclusiva, porque existem pessoas com as mais diversas deficiências que sofrem deste a falta de calçadas boas para cadeirantes, rampas em ônibus, acesso facilitado às escolas e libras, porque neste meio tem muitos que querem estudar e por falta de acessibilidade não conseguem , ponderou.

Alexandre Machado, do IFFar, que te um filho com síndrome de down e se engajou nesta luta por inclusão foi enfático ao dizer que as políticas públicas ainda são deficientes e falta muito avançar.  No Ministério Publico se consegue medicação, mas outras demandas não avançam. –  Infelizmente é uma luta e recebemos muitos pedidos de acompanhantes para filhos com algum problema em salas de aulas e o Estado, ainda, não atende a pleno estas demandas e esses estudantes não consegue o acesso que é garantido em Lei.

Ele colocou que muitos olham o esteriótipo e dizem que um autista é bonitinho, por exemplo, e não tem noção das necessidades de um paciente com esta síndrome. -Precisamos tocar nas feridas para que as medidas e politicas avançem a todos com alguma deficiência.

A vereadora Mirian Shure, que propôs a audiência e há anos é engajada no trabalho da APAE e na luta por inclusão, lembrou da importância do trabalho da entidade que se mobilizou em 2007, quando o governo a época, queria extinguir as APAES, cerca de duas mil no país.

O vereador Glênio Bolsson presidiou a sessão e destacou que apesar das dificuldades temos avanços na área de saúde, porque hoje já é possível detectar, ainda no útero da gestante, várias doenças, inclusive estas que podem ser limitantes a mobilidade e desenvolvimento intelectual. – O exame chama-se Nipte e ainda não está disponível na rede pública, mas é um grande avanço”.

Outra conquista importante disse o vereador é o AGAR – Ambulatório de Gravidez de Alto Risco com abrangência regional dentro da Santa Casa. As gestantes tem numa única consulta, disse o médico e vereador, o atendimento por obstetra, enfermeira, nutricionista, psicólogo, assistente social e fisioterapeuta.

-Estamos divulgando para que as mulheres utilizem este excelente serviço regional com sede aqui em Alegrete. Estamos acompanhando uma gestante de Santana do Livramento, obesa, que vai ter o filho aqui, esclareceu. O AGAR acompanha e trata grávidas com diabetes, hipertensão arterial e outras doenças que podem vir a prejudicar ela e o bebê, inclusive causando sequelas, salientou.

Vera Soares Pedroso