CAPS Infantil reabre repaginado e mais amplo

O atendimento de crianças e adolescentes com sofrimento psíquico ganhou um espaço renovado. Após 13 meses de trabalho, a Prefeitura de Alegrete reinaugurou dia 5 o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi).

Prédio na Praça Marechal Castelo Branco ganhou também pintura externa e um anexo com novos consultórios

A reforma contemplou a revitalização completa do prédio da Praça Marechal Castelo Branco, com a pintura, troca do forro, pisos, aberturas, adaptação dos banheiros a pessoas com deficiência e ampliação da cozinha. Também foi construído anexo com mais três consultórios, sala de enfermagem e assistência médica e área de serviço. Ao todo, o investimento foi de 200 mil reais, com recursos captados junto ao Governo do Estado por meio de projeto encaminhado pela Secretaria de Saúde da Prefeitura do Alegrete.

Para o prefeito Erasmo Silva, o desafio agora é fazer cada vez melhor

O ato contou com a presença de autoridades, servidores, usuários e entidades que apoio ao público infanto-juvenil. A juíza Lilian Paula Franzmann, da Vara da Infância e Juventude, enalteceu o trabalho de orientação da Brigada Militar e do CAPSi, pelo desafio da área de saúde mental: “o que estamos vendo aqui hoje segue a risca o que diz a Constituição: criança e adolescente deve ser prioridade absoluta”.

Fita cortada para a reinauguração do CAPS Infanto-Juvenil

Para a vereadora Judete Ferrari, presidente do Legislativo e psicóloga da Saúde Mental, o CAPS I não é um serviço especializado, mas um ordenador que faz alianças na comunidade para que as ações aconteçam e incluam os usuários jovens. “As crianças hoje tem sido tão judiadas por esse mundo adulto insano. Que essa casa seja capaz de acolher a todas as dores e sofrimento que jovens e crianças alegretenses tem”, conclui.

Espaço interno foi totalmente reformado

 

Nos seis primeiros meses de 2015, o CAPS Infanto-Juvenil realizou em média 514 atendimentos mensais. Conta atualmente com uma equipe de 23 pessoas, dentre os quais psicólogos, psiquiatra, residentes em psiquiatria, terapeuta ocupacional, educadores físicos, assistente social, atendentes, higienizadores, arteterapeuta, técnicos de enfermagem, estagiários e a diretora Marina Bello Pereira. No período de obras, o serviço funcionou junto ao CAPS 2 na Praça Alexandre Lisboa. Marina conta que este tempo  foi marcado por momentos desafiadores, porém o grupo em nenhum momento deixou-se abater. “Invadimos o CAPS 2, que soube nos acolher de maneira fraterna. Com certeza este momento serviu para nosso crescimento pessoal e profissional e acima de tudo visando o bem-estar do usuário. Obrigado, amigos do CAPS 2”.

Marina Bello Pereira, coordenadora do CAPS I, agradeceu a acolhida pelo CAPS 2 durante os meses de obra

A Secretária de Saúde, Maria do Horto Salbego, assistente social e servidora municipal de carreira, coordenou a Saúde Mental em Alegrete no início dos anos 90. Lembrou a história dos serviços, o crescimento da sua infraestrutura, o apoio da Administração do ex-prefeito Nilo Gonçalves e a atual qualificação que serve como referência nacional na luta antimanicomial. “É importante sabermos da história, por que assim a gente se ressignifica. As vezes a gente perde a noção do quanto é difícil avançar”, relata.

Para o prefeito Erasmo Silva, o desafio agora é fazer cada vez melhor

 

O prefeito Erasmo Silva realçou o conhecimento, capacidade e comprometimento da equipe que gere a Saúde Mental de Alegrete. “O desafio é fazer esse trabalho cada vez melhor, por que o trabalho não termina no prédio e nas instalações. Ela continua com as pessoas e com o acolhimento”.