
Produto originário do povo indígena, os primeiros a utilizarem a erva-mate foram os índios Guaranis e Quínchua, que habitavam a região das bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. O mate acompanha os gaúchos desde novos e para muitos o dia não começa sem tomar um mate bem quente.
“Eu levanto lá pelas 5h. A primeira coisa que faço é a limpeza do galpão. Logo, já coloco a água na chaleira para aquecer no fogo de chão. Quase sempre, pela manhã, eu tomo chimarrão sozinho. Só nos dias que tem mais movimento na fazenda é que a gente faz a roda. A minha mulher me acompanha no mate apenas de tardinha.”, comenta Gilberto Nascimento, capataz em uma fazenda no interior de São Sepé.
Os benefícios que o amargo trás a saúde são muitos, entre eles:
- ELIMINA O CANSAÇO
O mate é rico em cafeína, ajudando a eliminar a fadiga e o cansaço mental.
- AUXILIA NA DIGESTÃO
A erva-mate tem propriedades digestivas e laxativas, que auxiliam no funcionamento do intestino, combatendo a constipação intestinal.
- EFEITO DIURÉTICO
Devido ao fato de ser tomado quente, auxilia no funcionamento dos rins, combatendo a retenção de líquido e inchaço.
- DIMINUI O COLESTEROL RUIM
O chimarrão ajuda a inibir uma enzima responsável pela síntese de glicose no fígado, provocando a diminuição do colesterol ruim.
- MUITO BOM PARA O CORAÇÃO
O mate é rico em polifenóis, que eliminam o acúmulo de gordura nas artérias, protegendo o coração e auxiliando na prevenção de doenças cardíacas.
Porém, tudo que é em excesso faz mal. O Rio Grande do Sul lidera o ranking quando o assunto é câncer de esôfago, ocupa a 5° posição quando se trata de câncer da cavidade oral e está em 8° lugar no ranking de câncer de estomago. Os especialistas alertam para a preparação e consumo do famoso mate.
“Alguns estudos evidenciaram aumento no risco de câncer com o consumo do chimarrão. Contudo, fatores confundidores e não a erva-mate parecem ser os reais culpados. A temperatura muito alta, consumo do chimarrão associado ao tabagismo e a secagem da erva na indústria através de defumação, processo cada vez menos utilizado, são os prováveis culpados.”, explica o endocrinologista Mateus Dornelles Severo.
Por: Geovanna Valério Lipa