Clientes da Caixa reclamam da excessiva demora no atendimento, direção local diz que faz o possível

Desde o início da pandemia, muitas adaptações foram realizadas, Decretos e outras situações que pudesse fazer com que empresas, bancos e demais serviços atendessem a população sem maior prejuízo. No mais drástico cenário, o comércio é um dos que se recente mais por estar de portas fechadas, como é o caso, no Rio Grande do Sul desde a semana passada com a bandeira preta. Além do segmento de autônomos, setor de festas, entretenimento, músicos entre outros. As famílias estão em vulnerabilidade social.

 

Mas dentro deste contexto, onde muitos serviços são essenciais, entre eles o atendimento nas agências bancárias, que, embora, não seja presencial, neste período por agendamento, deve atender aos clientes.

O atendimento realizado pelos bancos em especial da Caixa, também teve a demanda do auxílio emergencial, pois, durante meses, pessoas enfrentaram filas quilométricas para recebê-lo, quando disponibilizado pelo Governo. Assim como, FGTS, PIS e outras necessidades. Quando finalmente, as filas diminuíram, o atendimento se tornou lento pelas horas aguardando pois, em alguns momentos, apenas um caixa estava atendendo, essa foi, muitas vezes, a situação atendimento da Caixa Econômica Federal, em Alegrete, nos últimos dois meses.

Há pessoas que desistiram de resolver seus problemas, pois não há como disponibilizar um dia todo para ficar na fila e conseguir, talvez, resolver o problema.

Mas as reclamações, que já eram recorrentes, neste período de bandeira preta se tornaram diárias, pessoas que ligam para o PAT, pois já não sabem mais a quem recorrer, descrevem.

A reportagem entrou em contato com o gerente local, da Caixa Econômica Federal. Ele foi muito solícito e descreveu um quadro de exaustão por parte de toda equipe que está trabalhando. Gleidson Santi, disse que a situação imposta, é em razão da pandemia, da bandeira preta. Ele acrescenta que dentro de todo protocolo, que é estabelecido, a agência está trabalhando com os 50% do quadro de funcionários. A telefonista que era uma, agora são duas, mas, mesmo assim, é humanamente impossível atender a todos ao mesmo tempo. Ele ressaltou que está recebendo muitas ligações sobre o mesmo questionamento e, já se coloca à disposição para que as pessoas verifiquem de perto o trabalho realizado, pois somente no número 3421-8700, são dez linhas, que tocam todas ao mesmo tempo. E todos os funcionários que estão na agência estão de forma integral atendendo os clientes agendados. “Não tenho como colocar mais uma telefonista, pois isso iria implicar em menos funcionários atendendo a grande demanda. São nove funcionários que eu posso disponibilizar. Imagina se estávamos atendendo 500 pessoas na fila, essas pessoas estão no telefone. E os funcionários que estão na agência não ficam sem atender, então há pessoas que estão conseguindo ligar. Atendemos com todos os protocolos da bandeira preta e ficamos à disposição se há, alguma ideia positiva que possamos agregar. Pois estamos tentando fazer o impossível” – descreveu.

Em 6 de março, a reportagem já havia destacado a dificuldade de clientes em relação às agências bancárias, que não era necessariamente, somente a Caixa. Naquele período, entramos em contato com José Machado, Vice- presidente do Sindicato dos Bancários de Alegrete que informou, por telefone, que iriam verificar com os gerentes dos bancos o porquê desta situação. Ele acrescentou que os bancos têm vários números de telefones e obviamente nem todas as pessoas têm acesso aos aplicativos em telefones celulares e precisam resolver questões em bancos. Mas a situação apenas fica cada vez mais massacrante para o cliente.

Flaviane Antolini Favero