A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), por meio do Departamento de Energia (DE), lançou, neste mês, o Atlas Hidroenergético do Rio Grande do Sul. O anúncio aconteceu durante a apresentação do Balanço 2024.
A publicação traz informações detalhadas sobre o potencial de geração de energia renovável a partir dos recursos hídricos disponíveis no Estado, constituindo uma importante ferramenta para o planejamento energético e o desenvolvimento sustentável.
O Atlas foi elaborado pela empresa Água & Solo Estudos e Projetos Ltda., vencedora do processo licitatório realizado pela Sema. Para acompanhamento dos trabalhos e avaliação dos conteúdos elaborados, a Secretaria, por meio da Portaria nº 161/2023, instituiu o Comitê Técnico de Acompanhamento, composto pelo DE, pelo Departamento de Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), além de representantes de entidades dos setores de energia, meio ambiente e pesquisa.
O município de Alegrete aparece nos destaques com o PHT (MW) de 239,7 com Potencial Hidrelétrico Total. Já o PPA ( Potencial Passível de Aproveitamento) é de 17,7. A Região Fronteira Oeste é responsável por um Potencial Hidrelétrico Remanescente – PHR de 505,4 MW.
A finalidade da publicação é divulgar e facilitar o acesso aos dados sobre o potencial hidroenergético, promovendo o uso eficiente dos recursos hídricos como fonte de energia renovável. Ela integra um esforço contínuo do Estado para fornecer informações sobre fontes renováveis de energia, alinhando-se aos exemplos dos Atlas Eólico (2014), de Biomassa (2016) e Solar (2018).
“Além de ser uma fonte renovável, a geração de energia a partir da água contribui para a mitigação das mudanças climáticas. Os reservatórios de água não geram apenas energia, mas também ajudam no controle de enchentes, segurança hídrica e abastecimento”, afirmou a secretária da Sema, Marjorie Kauffmann, reafirmando que essa entrega era um compromisso assumido pelo Governo do Estado, sob a gestão do governador Eduardo Leite.
Por meio do levantamento de potenciais outorgados e de aplicação de metodologia para estimativa de potenciais remanescentes, considerando cálculo de vazões e restrições físicas, ambientais e socioeconômicas, o Atlas oferece uma visão detalhada e precisa sobre as possibilidades de ampliação do uso dos recursos hídricos para geração de energia nas 25 bacias hidrográficas do Estado.
Segundo o diretor do DE, Rodrigo Huguenin, o uso de energia renovável contribui para a preservação ambiental e promove a geração de novas perspectivas econômicas. “Este instrumento reforça o compromisso do Estado com o desenvolvimento sustentável, além de criar oportunidades para atrair investimentos”, concluiu.