
O encontro foi proposto pelo deputado Luciano Silveira (MDB), que já protocolou pedido de criação de uma Frente Parlamentar para tratar do combate ao animal silvestre considerado praga invasora.
“Nossa intenção é buscar modelos de legislação que estão funcionando em outros estados da federação, também afetados pela proliferação do javali”, informou o parlamentar.
O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, afirmou que o Estado perdeu o controle em relação à presença do suídeo em seu território “Este predador está colocando ( o Estado) em risco sanitário, no tocante a transmissão de aftosa, peste suína clássica ou africana. Talvez o prejuízo maior esteja na produção de grãos, tubérculos, com propriedades que estão desistindo da produção”, salientou.
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O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) , Fernando Groff, disse que a pasta tem o entendimento que, hoje, o problema do javali é muito mais ambiental do que sanitário. “Ele segue sendo um problema ambiental, causando prejuízos maiores na agricultura do que na pecuária”, esclareceu. Mas Groff defendeu um ataque massivo para eliminar a população de javalis, e não apenas para reduzir os indivíduos.
A auditora fiscal federal agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Rojana Girardi, explicou que o ministério não tem ingerência em legislar sobre o tema. Disse que os javalis são mais resistentes que os suínos domésticos e trazem doenças para outros animais.
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O presidente da comissão, deputado Zé Nunes (PT), sugeriu unificar a legislação a respeito do combate ao javali e abrir um espaço de diálogo mais intenso com os órgãos federais que tratam da legislação do combate. “Não faltará vontade da Assembleia de tomar a iniciativa, mas sabemos que temos limites”, afirmou.
Para o presidente da Associação dos Criadores de Suínos (Acsurs), Valdecir Luis Folador, se faz necessária uma legislação nacional para tratar do tema.
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“Para que tenhamos a possibilidade e a legalidade para fazer o controle através da caça. Somos hoje um grande produtor e exportador de proteína animal pelo status sanitário que temos perante o mundo”, defendeu. Folador alertou que se Supremo Tribunal Federal (STF) proibir a caça vai criar um grande problema para o Brasil, principalmente para o setor de suinocultura que gera muito emprego e renda. “Tem milhões de pessoas envolvidas na atividade”, sinalizou.