Comerciantes noturnos protestam e querem um decreto mais justo

A ação foi na noite de ontem(23), em frente ao estabelecimento interditado.

Protesto de comerciantes em Alegrete
Protesto de comerciantes em Alegrete

Na noite de segunda-feira(23), após a interdição do Bar Baita Caipa, no último final de semana, os comerciantes noturnos com apoio de alguns diurnos realizaram um protesto pacífico em frente ao estabelecimento na rua Visconde de Tamandaré – centro – em Alegrete.

De acordo com o grupo que estava no local com balões pretos, eles descreveram que estavam identificando a falência de muitos pelo que julgam, estar em desacordo com atividades noturnas , no Decreto Municipal vigente.

O proprietário do Baita Caipa – Albert Noetzold – de 23 anos disse que desde os 20 anos é empreendedor, mas que se sente prejudicado diante de um total de 12 mil em multas devido a todas as autuações. Ele destaca que em fevereiro foram duas multas de 475 reais e posteriormente a interdição do alvará por quatro meses, por descumprimento do Decreto à época.

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Na sequência, reabriu em Julho e uma semana depois mais uma multa de 2 mil reais e, por último mais uma multa de 10 mil reais e a interdição por uma semana que ocorreu no último sábado à noite. Ele também falou que seguiu atendendo e, por esse motivo, pelo descumprimento da suspensão das atividades foi conduzido à Delegacia de Polícia onde foi realizado um boletim de ocorrência que também culminou em um outro feito pelo comerciante contra um fiscal da Prefeitura. Ele sentiu-se ameaçado.

O empresário Bruno Bianchi, sócio da Casa Preta, argumentou que o Decreto vigente está em desacordo com a realidade dos trabalhadores, pois permitir que fiquem no interior dos estabelecimentos , mas não permitir o pague- leve prejudica muito. ” Se fosse possível a oportunidade do cliente apenas pegar a bebida, sem ficar em frente ao estabelecimento, isso já iria representar um ganho considerável, pois entende-se que o objetivo é evitar as aglomerações em frente aos locais. Hoje, somos 15 pessoas representando um grupo de 55 comerciantes que estão de alguma forma prejudicados com o Decreto ” – comentou.

O grupo também ressaltou que um diálogo com a Prefeitura seria fundamental para que pudesse ter um ajuste. Pois a realidade do que se vê todos os finais de semana nos Parques e Praças, é uma multidão, aglomerações e pessoas sem máscara.

O resume é que eles pontuam que se houver a liberação para que os comerciantes possam manter o pague e leve, isso já seria um grande beneficio para todos.

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Albert acrescenta que o fato de fazer a entrega de uma caipirinha na esquina com a pessoa dentro do carro em que está alguns metros distante do estabelecimento, sem aglomerações não poderia representar o cerceamento que vem acontecendo, pois o Decreto não é específico em relação a venda de bebidas desta forma. Ele não considera um pague e leve, se avaliar que o cliente não está na frente do estabelecimento e também não se aproximou do bar, foi ele que se deslocou até um local em uma das ruas nas adjacências fazendo a entrega sem ônus ao cliente.

Eles concluem ressaltando que estão em busca de um Decreto mais justo. Apenas para que o comércio noturno também possa sobreviver. Pois liberar para alguns e outros não, isso é injusto – .

Em contato com o Secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Rui Medeiros ele disse que a Fiscalização cumpre com as regras e protocolos vigentes. Alguns comerciantes infelizmente se acham acima destas regras e usam as redes sociais para distorcer fatos. O objetivo do executivo é e sempre será fomentar o comércio, mas também temos responsabilidade com a vida dos alegretenses.

Alguns fiscais, inclusive, foram ameaçados nas redes sociais e essas ameaças já foram levadas às autoridades. Precisamos ter cuidado e responsabilidade. Cachoeira do Sul, por exemplo, nos últimos dias quadruplicou o número de casos de Covid”- pontuou.

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