CPERS mantém greve enquanto governo não rever o corte do ponto dos professores

Sem negociação do corte de ponto e da recuperação das aulas, a greve continua. A decisão foi durante a Assembleia Geral do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), na tarde de sexta-feira(20), em São Leopoldo.

O movimento será suspenso mediante acordo assinado condicionando a recuperação das aulas ao pagamento dos dias parados. De acordo com Marta Félix, que integra o 19° Núcleo do CPERS em Alegrete, os professores vão manter a greve para negociar o pagamento do salário e suspendê-la após acordo assinado que condicione a recuperação das aulas ao pagamento dos dias parados. “O governador Eduardo Leite disse que vai cortar o ponto de todos os educadores que realizaram a greve, por esse motivo, até que ocorra negociação, não vamos retornar. Pois há risco de recuperar as aulas e não receber por esse período. Esse final de ano ficou comprometido em razão do Governo e se manter nessa decisão, o início do ano letivo de 2020, também será prejudicado” – completou.

Os professores iniciaram a greve no dia 18 de novembro contra o pacote do governo que iria retirar direitos e afetar o plano de carreira do Magistério. Em Alegrete, Marta disse que em todas as escolas há professores em greve, já em Manoel Viana um educandário permanece fechado.

Eles também destacaram que é necessário respeito à autonomia das escolas na construção do calendário de recuperação das aulas.

“Janeiro será de mobilização intensa. Caso Eduardo Leite convoque sessão extraordinária para votar o pacote, convocaremos nova Assembleia Geral para deflagrar a luta!” – ponderou o Cpers.