Death Note: o caderno da morte

O caderno, que está ficando cada vez mais popular entre os jovens, está assustando os pais.

Death Note: o caderno da morte
Death Note: o caderno da morte

Hoje em dia é muito comum olhar séries e desenhos, mas às vezes algo que parece inofensivo pode ser o gatilho para a violência. Os especialistas alertam para os perigos da exposição de crianças a conteúdos violentos presentes em séries e desenhos.

O Death Note é normalmente de capa preta, e tem seu nome escrito na parte frontal dele. Segundo a série, tem o poder de matar qualquer pessoa se os nomes forem escritos nele, enquanto o portador visualiza mentalmente o rosto de quem quer assassinar. Esse caderno, que teve origem em uma série mangá escrita por Tsugumi Ohba, onde é usado por Ryuk para matar outros personagens, está disponível em várias livrarias, na internet e até mesmo em grandes lojas de brinquedos infantis.

Em uma reportagem, na TV Record, foi exposto o caso de uma mãe que, sem ter conhecimento do desenho, comprou o caderno para a filha de 12 anos. Depois de um tempo, ao olhar o caderno, encontrou dezenas de nomes escritos, inclusive o seu.

Os especialistas pedem que os pais tenham conhecimento do que os filhos pedem antes de comprar, pois podem desencadear danos emocionais e comportamentais. O que mais surpreende os pesquisadores é que não é nem uma grande editora que está por trás dele. O deputado estadual de São Paulo do Partido Republicano Brasileiro, Altair Moraes, criou um projeto de lei que obriga os fabricantes a especificarem a classificação etária para este tipo de produto, além de exigir que o produto venha lacrado e com aviso de conteúdos sensíveis.

Em vários lugares ao redor do mundo a franquia Death Note inspirou incidentes na vida real:

– Na China, o anime foi proibido nas maiores cidades do país após as crianças começarem a fabricar o seu próprio caderno e escrever o nome de colegas, professores e familiares de quem não gostavam e gostariam de ver mortos.

– Na Rússia, a justiça proibiu alguns sites de exibirem o conteúdo por ser perigoso para as crianças. A campanha dos pais começou em 2013, após o suicídio de uma menina de 15 anos que era fã da produção. 

-Nos EUA vários alunos foram expulsos e suspensos das escolas por escrever o nome dos colegas. Em uma escola da Geórgia um caderno com vários nomes de alunos da escola foi encontrado no banheiro e provocou um alerta sobre o risco de um massacre.

– Na Bélgica um crime, que foi inspirado no Mangá, no qual quatro pessoas assassinaram um homem e deixaram bilhetes com a frase “Eu sou Kira” (Kira é o apelido de um personagem da série).

Ainda na reportagem da TV Record, uma psicóloga explica que o cérebro de crianças e adolescentes ainda não é maduro o suficiente para lidar com o conteúdo. E que a informação será processada pelo córtex pré-frontal o que vai provocar a falta de sensibilidade, fazendo com o cérebro entenda que aquilo que ele olha, é o ambiente em que ele vive, trazendo à tona desconfiança, ansiedade, transtorno de pânico, entre outros.

Por: Geovanna Valério Lipa

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Welliton de la

Ao invés de falarem sobre algo que de anos atrás, porque não falam da cena musical que ta tendo na cidade?
Na real que esse negócio de death note é velho
Desencadea crianças porque quem ta assistindo é uma criança, crianças são inocentes, criança tem que ver peppa pig po@!#.
E esse anime insentiva a nada, esses adolescentes de hoje que ficam querendo chama a atenção, até uma pessoa com 11 anos sabe que é um simples anime e que nada do anime tem haver com a vida real,
Hoje em dia tão radicalizando demais sobre esses tais assuntos, daqui a pouco tão proibindo tom e jerry.
Não esquece o que eu falei, da uma olhada na cena musical da cidade