
A produção industrial recuou 0,9% e junho, com perdas em 16 das 25 atividades investigadas. As duas maiores contribuições negativas para o resultado geral da indústria partiram de veículos (-11,7%) e de produtos alimentícios (-4,0%), ambos os setores impactados pelas enchentes em território gaúcho.
Em veículos automotores, houve paralisação em montadora de veículos e em fábricas de autopeças por conta das chuvas, o que afetou o abastecimento em outras regiões do País. Além disso, o segmento também foi afetado por uma greve em outra montadora e pela base de comparação elevada. Em maio, a produção de veículos no País tinha avançado 13,8%.
Quanto aos produtos alimentícios, as chuvas no Rio Grande do Sul podem ter impactado via complexo de carnes (aves, bovinos e suínos) e derivados da soja, por exemplo. Por outro lado, houve redução no processamento de cana-de-açúcar por conta de condições climáticas desfavoráveis, levando a uma queda ‘pontual’ na produção de açúcar, sem relação com as enchentes.
A pesquisa lembra que a indústria já vinha de uma queda na produção no mês anterior. Então tem uma menor intensidade na produção industrial, e ainda tem esse quadro registrado no Rio Grande do Sul, que contribui para o resultado, diz nota divulgado pelo IBGE.