Estar próximo aos produtores levando informações é um dos objetivos de entidades que prestam apoio técnico ao meio rural em Alegrete. Para isso foi realizado mais um Dia de Campo do Programa MAIS LEITE Alegrete promovida pela Secretaria da Agricultura e Pecuária (SAP) em parceria com a Emater, Acripleite, Fundação Maronna e Cooperideal.
Na oportunidade, os participantes puderam observar o desempenho do Projeto Sementes Forrageiras em duas propriedades nos assentamentos de Alegrete.
Realizado pela primeira vez em assentamentos, o Dia de Campo teve 54 participantes, entre estudantes, profissionais do setor e produtores de gado de leite e gado de corte. A atividade contou ainda com a participação da vice-prefeita Preta Mulazzani e do diretor geral da SAP, José Eurico Trindade da Costa. Com o objetivo de que mais produtores pudessem ter acesso as informações, o Dia de Campo buscou demonstrar técnicas de implantação das culturas, manejo de pastagens e processos para obtenção de um leite com qualidade.
Nas propriedades visitadas, os produtores realizaram o manejo das pastagens conforme recomendação dos técnicos, fazendo anotações diárias referentes à altura de pastejo, volume de leite produzido e peso dos animais. O secretário de Agricultura e Pecuária, Alberto Prates, lembra que a experiência de realizar o Dia de Campo em assentamentos é recente e se mostrou bem sucedida. “Esperamos que os participantes tenham aproveitado ao máximo o empenho dos técnicos e o que foi demonstrado possa melhorar seus processos produtivos, gerando, assim, renda e melhorando a qualidade de vida dessas pessoas”, comenta.
Na primeira estação, propriedade familiar de José Oniro Machado de Oliveira e Leonir Dambros de Oliveira, no assentamento Novo Alegrete, o engenheiro agrônomo da Emater, Tiago Pedroso, comentou sobre a importância da análise de solo, adubação de plantio, utilização de sementes de boa qualidade, escalonamento forrageiro e densidade de plantio. Já o engenheiro agrônomo da SAP, Leonardo Cera, falou sobre o piqueteamento com cerca elétrica, pastoreio rotativo, lotação animal, altura de pastejo, adubação de cobertura e fornecimento de água de boa qualidade para os animais. Os produtores ainda deram o seu depoimento de sobre a experiência de observar os bons resultados a partir da aplicação das técnicas e manejo das pastagens conforme recomendação dos técnicos.
Na segunda estação, propriedade familiar de Paulo Fernando Fernandes Pires e Martha Gladys Rodrigues Ribeiro, localizada no assentamento Unidos pela Terra, os engenheiros agrônomos Tiago e Leonardo realizaram com os produtores práticas como adubação de cobertura no piquete após pastejo das vacas, semeadura a lanço manual de aveia e azevém nos piquetes onde as vacas irão pastejar, além de coleta de solo para análise.
Logo após, o médico veterinário da SAP, Gabriel Charão, palestrou sobre qualidade do leite, procedimentos de pré-dipping e pós-dipping, limpeza dos equipamentos de ordenha e dos resfriadores, testes para identificação de mastite e leite ácido. Na sequência, desta atividade foi realizada uma oficina prática onde os produtores fizeram a ordenha de duas vacas para a demonstração de todos os procedimentos de limpeza e desinfecção dos equipamentos e úberes das vacas, teste para identificar mastite e leite ácido, além de todos os procedimentos de limpeza após a ordenha.
Como resultados alcançados do Projeto Sementes Forrageiros, pode-se demonstrar nessas duas propriedades que a produção de leite manteve-se constante, sem queda durante esse período de transição entre pastagens de verão e de inverno, o qual é o período mais crítico para produção de leite no município e marcado por uma queda entre 30 e 35% na produção, de acordo com registros mensais coletados nos últimos 10 anos. “A disseminação de conhecimento tem garantido números cada vez melhores, principalmente nas pequenas e médias propriedades. Nossos técnicos tem realizado esse trabalho com qualidade, impulsionando o setor produtivo e geração de renda”, destacou Preta Mulazzani.
FOTOS: equipe SAP