Durante a pandemia o interesse de jovens por concursos públicos aumentou

A crise advinda da pandemia da Covid-19 serviu como choque de realidade para vários jovens brasileiros.

Durante a pandemia o interesse de jovens por concursos públicos aumentou

Não é de hoje que os concursos públicos são concorridos, porém com a crise econômica devido à pandemia, os concursos tornaram-se ainda mais disputados. Com o número alto de desempregados e a suba dos valores do mercado, jovens que nem pensavam em concurso ou que tinham parado de estudar, mudaram seus pensamentos e juntaram-se àquela parcela que sonha com um emprego estável.

Uma pesquisa feita pela área de Inteligência de Mercado da Globo, em parceria com o Instituto Toluna, afirmou que os jovens veem o diploma como uma mudança positiva na vida. Confira alguns resultados da pesquisa:

94% dos jovens afirmaram que querem continuar estudando;

68% dos que largaram os estudos pretendem voltar a estudar após a pandemia;

84% das pessoas entrevistadas acreditam que o diploma é muito valorizado pelas empresas e 87% afirmam que o ensino superior é essencial para conseguir um emprego.

De acordo com os dados do Qconcursos, o foco em estudos para concursos públicos aumentou significativamente após a crise da pandemia tornar-se evidente. A taxa de desemprego no Brasil é de 14% e a porcentagem de jovens entre 14 e 24 anos desempregados é de 30%, considerada pelo IBGE a maior taxa desde 2012.

Uma das carreiras mais procuradas e concorridas no momento é a militar. O número de inscritos em todos os concursos do exército dobrou, chegando a ser 300 pessoas por vaga (aproximadamente). Alguns jovens não desejam fazer ensino superior, segundo eles, a estabilidade de uma carreira militar é muito melhor.

“Muitas pessoas me falavam que eu deveria fazer o ensino superior. Pensei bem e realmente não quis fazer nenhuma faculdade. Ela não me traria tanta perspectiva de estabilidade financeira nesse momento como uma vaga no serviço público”, conta o concurseiro Lucas Lourenço do município de Maracanaú.

A maioria das pessoas já estácansada de colecionar diplomas e não conseguir uma vida financeiramente estável ou um emprego que os valorize. Para muitos a faculdade tornou-se uma perda de tempo.

 “Me decepcionei em vários aspectos quando estava na faculdade. A profissão, na prática e no dia a dia, não tinha relação com o que eu estava aprendendo. O curso [de gastronomia] não teve muito valor agregado para mim. Foi aí que comecei a lembrar do meu antigo sonho de servir ao exército. Juntou o útil ao agradável”, contou Emanuel Horta, que atualmente estuda para a EsPCEx.

Por: Geovanna Valério Lipa

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