Em época de pandemia devido ao Coronavírus, tem sido veiculado em nível nacional e estadual o aumento da violência doméstica. Em pouco mais de 40 dias do isolamento social, no Município, as ocorrências atendidas pela Brigada Militar e os registros na Delegacia de Polícia, contrariam essas estatísticas.
Em Alegrete, não só, não teve aumento, como uma pequena queda, segundo o Delegado da DPPA Valeriano Neto.
De acordo com o Posto Policial da Mulher de Alegrete, a quarentena começou em 19 de março de 2020. Em um mês de 19 de março até 19 de abril de 2020 deu um total de 28 ocorrências envolvendo a Lei Maria da Penha.
No mesmo período no ano passado deu um total de 36 ocorrências relacionado ao mesmo crime.
O mês com maior índice de registros de ocorrências sempre é janeiro, neste ano, foram 42 registros de crimes contra a mulher.
O período prolongado em casa, toda a pressão relacionada ao contexto emocional e financeiro, em alguns casos vêm contribuindo para que haja mais discussões e, consequentemente, agressões. Mas os alegretenses têm demonstrado muito mais solidariedade, empatia e união. Neste período, quatro prisões foram realizadas por Maria da Penha, um dado que muitas vezes era feito em um final de semana.
Na Delegacia de Polícia, são realizados registros considerados graves como: violência doméstica, crimes contra criança, homicídios, embriaguez ao volante e lesões graves. Os demais são online.
Desde a tarde de terça-feira (17), uma Portaria com as orientações sobre o funcionamento da Polícia Civil durante a pandemia de COVID-19, restringiu o atendimento presencial na delegacia de polícia de pronto atendimento em Alegrete.