Especial Semana da Mulher| A mulher por trás do jaleco

Ela está à frente da unidade de UTI neonatal referência na região centro-oeste.

Quem vê nas manchetes dos jornais mais importantes do estado sobre bebês prematuros que sobreviveram na UTI neonatal de Alegrete, deve lembrar de uma das entusiastas mais apaixonadas pelo projeto: Marilene Aparecida de Oliveira Campagnolo. 

O altruísmo assim é raro, mas existe

Com 57 anos, sua história de força e devoção ao bem-estar do outro serve de inspiração às gerações futuras. Saiu de sua cidade natal, Cruz Alta, ainda adolescente para buscar um sonho: ser médica. No novo destino, Santa Maria, pôde traçar seus objetivos. Desde o princípio, sua preferência esteve voltada para a Pediatria. Também foi no período universitário que conheceu quem viria a ser seu marido e companheiro de vida. 

Um andarilho pelo Brasil, mas Alegrete não sai do coração

Posteriormente, mudou-se para Porto Alegre para cursar a residência em Pediatria. Após esse período, seu destino era Alegrete, onde trabalhou durante longo período no Hospital Militar, também em postos de saúde e no consultório. 

A vida reservou-lhe dois presentes: seus filhos, que ela confessa serem a razão do seu viver. Raquel seguiu os passos da mãe e é médica intensivista, Lucas é jogador profissional de pádel, esporte que Marilene adora praticar. 

Um dos segredos para o sucesso da médica é nunca ter se acomodado, nunca ficou satisfeita, sempre procurou fazer mais. Essas características combinam com sua preferência: o amor pela ala hospitalar. Por isso, incentivou a abertura da UTI neonatal em Alegrete, que depois de muita luta teve a vitória. Tanto que para ela é um orgulho ver pessoas de outras cidades elogiando o serviço prestado e perceber que o trabalho da equipe é tão bem desenvolvido que assemelha-se a hospitais maiores, de grandes centros. “Tem que ter persistência, crer que o sonho é possível e acreditar no próprio potencial”, comenta. 

Mãe e filha, uma paixão: a Medicina

Atualmente, é neonatologista, trouxe a referência para a fronteira oeste e no RS para o atendimento de bebês de zero a 28 dias. Marilene é a responsável técnica da UTI neonatal. Seu cotidiano contém plantões, atendimento em salas de parto, pediatria em geral, internação e consultório. Ela comenta que se sente uma profissional realizada, mas que nada disso seria possível sem o amor enorme pela família, que a impulsiona. 

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Nem só de trabalho vive Marilene, seus hobbies são ir para a campanha, que para ela é um lugar de paz, tranquilidade e de relaxamento. Além disso, ama viajar acompanhada de sua família. Uma dica de leitura que dá é As coisas que você só vê quando desacelera, escrito pelo monge zen-budista Haemin Sunim. O filme favorito é o Milagre da cela 7, de 2017. 

Quando questionada sobre o mundo, reflete que “tudo anda muito acelerado e, consequentemente, as pessoas. É muita tecnologia, vemos isso em relação aos pais com os filhos”. Sobre a questão de gênero, Marilene ressalta: “Ser mulher é ser guerreira! Estar pronta para correr atrás dos seus sonhos! Realizar-se e mostrar ao mundo que podemos chutar para o gol e defender também!”. 

Franciele partiu demasiadamente cedo e levou junto o sonho de ser mãe

 Sua frase preferida é: “A vida só dá asas para quem não tem medo de cair”.

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