Fevereiro de 2020: obras da cadeia pública de Alegrete estão paradas

Uma das obras mais difíceis de serem concluídas, nos últimos tempos, está parada novamente.

A cadeia pública de Alegrete tinha o prazo de conclusão para dezembro de 2019. Prazos prorrogados, troca de local do canteiro e não avançou muito a construção.

No ano passado, apenas o aterro e as fundações foram colocadas. Um concreto começou a ser feito em dezembro, mas com pouco mais de quatro colaboradores a obra não avançou quase nada, às margens da RS 566, local conhecido como Corredor dos Papagaios.

Numa extensão total de 123 mil metros quadrados para o prédio projetado em 23 mil metros de área construída, o cenário é desolador para uma obra prometida a ser entregue em dezembro de 2019.

O custo total da obra é de R$ 16.152.116,65 e a placa oficial consta o prazo de entrega para data citada acima. O atual Presídio Estadual de Alegrete, nesta terça-feira (4), com capacidade para 81 presos, está superlotado com 168 apenados, 90 em sistema de rodízio e, aproximadamente 61 em regime domiciliar ou semiaberto. Uma carceragem de 327 presos para a cidade que não consegue erguer uma casa prisional com previsão de 286 vagas.

Na última sexta-feira (31), foi o último dia de trabalho da turma da Construtora São Tomás. Conforme contato com o Ministério Público, foi instaurado expediente sob o número 1/2020. Com informações pendentes, a empresa tem até a próxima sexta-feira para se pronunciar, por escrito, sobre o que travou a obra mais uma vez.

A promotora pública Daniela Fistarol está empenhada em apurar os fatos, para que a obra retorne o mais breve possível. Tentamos contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Serviços Penitenciários, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta reportagem.

Júlio Cesar Santos