Furtos e estelionatos marcam os indicadores criminais no primeiro semestre em Alegrete

Mesmo diante dos menores índices de criminalidade da última década, alcançados no ano passado, o Rio Grande do Sul conseguiu aprofundar as reduções no primeiro semestre de 2020.
Com a retração de 21,9% no número de homicídios em junho, na comparação com o mesmo mês de 2019, o total acumulado na primeira metade deste ano também fechou em queda, de 8,7%. Divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) na última quinta-feira (9), os indicadores de criminalidade mostram ainda que os crimes patrimoniais continuam em franco declínio.

Enquanto houve 987 vítimas de assassinato no RS nos primeiros seis meses do ano passado, foram 901 no semestre inicial de 2020, mantendo o acumulado no período abaixo de 1 mil pelo segundo ano consecutivo, o que não ocorria desde 2011, que teve 870 óbitos.

Em Alegrete, o cenário mostrou um certo equilíbrio em relação aos homicídios. Comparado com o primeiro semestre do ano passado.  No 1º semestre de 2019, foram três homicídios no município (Fevereiro, Abril e Maio). Já neste ano ocorreram até junho três casos. Dois homicídios dolosos (Março e Abril), e um que a vítima sofreu lesão corporal seguida de morte (Maio). Este caso foi apontado pela Polícia Civil em Alegrete como latrocínio, os autores estão todos presos.

Os crimes de furto e estelionatos são os mais recorrentes em Alegrete. Em 2019, no primeiro semestre houve 440 registros deste tipo de crime. Agora neste ano foram 423 furtos até o dia 30 de junho. Outro crime que despontou foi o de estelionato. Um crescimento de 53% em relação ao ano de 2019. No ano passado os primeiros seis meses do ano ocorreram 65 casos.

Neste ano, até junho foram 122 crimes de estelionato. Os dados são tão alarmantes que nos primeiros dez dias do mês de julho, já ocorreram 8 casos de estelionato em Alegrete.

No 1º semestre desde ano foram cometidos 73 roubos, 35 abigeatos e 23 delitos relacionados a armas e munições. Nos primeiros seis meses de 2020, também aconteceram 12 furtos de veículos e três roubos de veículos. Também houve 30 ocorrências de posse e 30 de tráfico de entorpecentes.

O delegado de polícia Valeriano Garcia Neto, que responde por duas delegacias, a DPPA e a Regional, conta que a pandemia teve uma interferência direta nos números apresentados no semestre.

Em contrapartida, menciona o trabalho do efetivo que mesmo diante do cenário, não parou. Um trabalho integrado entre as forças de seguranças está resultando em índices menores da violência em Alegrete, acredita o policial.

O plantão da DP restringiu o atendimento, mas continua atendendo os crimes graves. “Estamos trabalhando de forma normal. As investigações e demandas policiais seguem acontecendo diariamente”, comentou o delegado.

Júlio Cesar Santos