A adolescente Natália Koenig Neto, de 17 anos, viajou para o Texas com visto de turista no dia 23 de fevereiro e estava na casa de familiares que têm cidadania americana. Eles decidiram passear no México por um dia em agosto passado e, na volta para casa, Natália foi impedida de entrar nos Estados Unidos.
Ela foi transferida para um abrigo do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) em Chicago. A família que vive em Cachoeira do Sul ficou desesperada tentando a liberação da jovem que ficou no abrigo quase sem se comunicar com a família por 15 dias.
Depois que foi liberada em 30 de agosto passado, quando voltou para casa do tios se iniciou um longo processo para a deportação de Natália. E, finalmente neste dia 31 de outubro, ela chegou ao Brasil no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, junto com a mãe Simone quando foi recebida pelo pai, a irmã e o cunhado.
Todo esse longo processo teve a participação do Itamaraty , Ministério das Relações Exteriores e da imprensa brasileira.
Resumo dos fatos:
Depois que a Naty foi liberada do abrigo em Chicago para ficar com a família em Houston, passou a ter como obrigação ir na escola sob pena de processo contra o tio em caso de não cumprimento. A adolescente recebeu um número de telefone como único contato para acompanhar seu caso e foi por essa linha que ela recebeu a notícia confirmada por e-mail pelo Itamaraty de que a decisão seria no dia 21 de outubro de 2019, quando seria apreciado o pedido de deportação voluntária.
A Simone, mãe, viajou para lá no último dia 17 de outubro e foram para Chicago de carro, mais de 1.000 km com todas as informações confirmadas previamente e acompanhadas pelo representante do Itamaraty. Chegando lá foram informados que não tinha nenhuma audiência marcada e tiveram que voltar para Houston sem saber absolutamente nada.
A acusação inicial era a de que ela teria estudado 4 semanas como assistente com visto de turista e isso é crime federal nos EUA. Depois de liberada foi informada que a acusação havia mudado, que ela estaria sem documentos e sozinha na fronteira com México. Só que os tios quando foram separados dela, no desespero, começaram uma chamada de vídeo no celular e a família aqui viu a menina sendo tirada deles, portando os documentos e, obviamente acompanhada pelos responsáveis.
Vera Soares Pedroso