Mãe é presa suspeita de permitir abusos cometidos por empresário contra filha de 1 ano e 8 meses

Mulher foi presa nesta sexta (26). Ela teria submetido a filha de 1 ano e 8 meses aos abusos. Suspeito dos crimes está preso desde abril. Homem pagava as mães para abusar dos filhos delas.

Na manhã desta sexta-feira (26), a Polícia Civil de Porto Alegre realizou a prisão preventiva de uma mulher de 25 anos, sob a suspeita de permitir abusos cometidos pelo empresário Jelson Silva da Rosa, de 41 anos, contra sua filha de 1 ano e 8 meses. Essa é a quarta mãe presa no âmbito da Operação La Lumière, que tem como objetivo investigar casos de exploração sexual infanto-juvenil.

O advogado Marcos Vinícius Barrio, responsável pela defesa do empresário, afirmou à RBS TV que as manifestações são “descabidas e impróprias”, argumentando que as ações de Jelson não se enquadram na definição legal de exploração sexual.

A mulher, residente na capital, é suspeita de envolvimento em favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de crianças e adolescentes, além de estupro de vulnerável. O empresário Jelson Silva da Rosa já se encontra detido desde abril, indiciado por exploração sexual infantil e estupro.

A delegada Camila Franco Defaveri revelou que foram encontradas conversas salvas e registros de valores combinados para programas previamente experimentados, assemelhando-se a uma tabela de preços ou cardápio. As atividades incluíam saídas com a criança e a mãe, passeios em compras, estadias em hotéis, banhos de banheira e massagens. O empresário solicitava pagamentos via Pix e depósitos prévios, inicialmente criando uma imagem sedutora para se aproximar das pessoas, deixando-as financeiramente dependentes e, consequentemente, explorando suas filhas.

Segundo a polícia, a avó materna da criança também está sob suspeita. Ela teria fornecido apoio e suporte para os crimes, além de se beneficiar economicamente com a exploração da neta. O esquema envolvia uma rede de mulheres que entregavam seus filhos, todos com idades entre 0 e 12 anos, em troca de dinheiro e presentes.

A filha da mulher presa foi encaminhada para o Centro de Referência em Atendimento Infanto-Juvenil (CRAI-IGP), onde passará por exames médicos e exames para verificar possíveis sinais de violência sexual, sob responsabilidade das equipes do Conselho Tutelar.

O caso veio à tona após a 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) receber uma denúncia anônima no final de abril. A polícia descobriu uma conversa no computador da empresa onde a mãe estava de serviço, estabelecendo contato com o suspeito. No celular do homem, foram encontradas mensagens, inclusive com outras mães de menores de idade, indicando que ele oferecia uma espécie de “cardápio” de abusos.

Até o momento, quatro mulheres foram presas, sendo uma delas mãe de três filhas com idades entre 8, 10 e 12 anos, residentes em Porto Alegre, e outra mãe de uma menina de 7 anos, residente em Cachoeirinha. A penúltima prisão ocorreu em 17 de maio, de uma mulher de 23 anos, mãe de duas meninas de 1 e 3 anos.

Quanto ao suspeito, os primeiros mandados foram cumpridos em sua casa, localizada em Imbé, no Litoral Norte. Segundo a polícia, a residência é um “imóvel de luxo”, com amplas instalações e alta segurança. Ao ser confinado pelos presos, o investigado teria tentado destruir um celular e um computador, porém, a Divisão de Informática do IGP conseguiu recuperar parte do conteúdo armazenado.

O suspeito trabalha na área de tecnologia da informação (TI) e atua na “deepweb”, de acordo com informações da delegada.

Com informações RBS TV

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