Brasileiro foi detido no dia 30 de maio, investigado por assédio sexual contra uma vendedora de uma loja de papiro no Cairo, capital do país africano.
O médico Victor Sorrentino retornou ao Brasil após ser detido no Egito em uma investigação de assédio sexual. A informação foi divulgada pela assessoria do profissional no início da tarde deste domingo (6).
“Comunicamos que o cidadão e médico Victor Sorrentino está de volta ao Brasil, após prestar todos os esclarecimentos solicitados e ser liberado pelas Autoridades Egípcias. A prioridade é o reencontro com a família e, oportunamente, vai se manifestar publicamente sobre o ocorrido. A Família Sorrentino agradece a todos que torceram e que, de alguma forma, tiveram participação para que este desfecho ocorresse o mais rapidamente possível”, diz a nota.
O G1 tenta contato com os advogados e os familiares do médico. O Ministério Público do Egito ainda não emitiu comunicado sobre a liberação do brasileiro.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Itamaraty, informou que “não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.
Victor Sorrentino foi detido, em 30 de maio, no Cairo, capital do Egito, após o vídeo em que faz perguntas com conotações sexuais a uma vendedora viralizar na internet.
Nas imagens, o médico está em um bazar turístico, no país africano. Uma mulher, atendente do estabelecimento, mostra como é feito o papiro, espécie de papel usado pelos antigos egípcios para escrever.
O brasileiro aparece perguntando a ela em português: “Vocês gostam mesmo é do bem duro, né?” Depois, em tom de deboche, ele ainda afirma: “E cumprido (sic) também fica legal, né?”. A vendedora, que não entende direito o que foi dito, responde “sim”, enquanto ele e os amigos riem.
O caso aconteceu no dia 24 de maio quando ele foi a uma loja onde são vendidos papiros usados para a escrita. No dia 25 de maio, o médico voltou ao local para pedir desculpas e gravou um novo vídeo.
O Ministério Público egípcio assumiu o caso, mantendo o brasileiro detido em prédio público do governo local. Segundo o órgão, no dia 1º de junho, a detenção seria prorrogada por mais quatro dias, aguardando as investigações.
Sorrentino foi acusado de “expor a vítima a insinuações sexuais e insinuações com palavras, a sua transgressão aos princípios da família e valores da sociedade egípcia, sua violação da santidade da vida privada da vítima e seu uso de sus conta online privada para cometer esses crimes”.
Na sexta-feira (4), Sorrentino publicou um vídeo pedindo desculpas pelos comentários dirigidos à vendedora de papiro. A mulher aparece nas imagens, aceitando as desculpas do médico.
Fonte: G1