Microexplosão, macroexplosão ou tornado: Defesa Civil tenta descobrir o que aconteceu em Canoas

Meteorologista explica diferença entre os três fenômenos; entenda

A Defesa Civil estadual está em busca de imagens que possam auxiliar a determinar o fenômeno meteorológico que atingiu Canoas, na Região Metropolitana, na noite de segunda-feira (15). Entre as possibilidades, estão microexplosão, macroexplosão ou tornado.

Como a tempestade aconteceu à noite, a maioria das imagens é do período noturno, o que dificulta o trabalho dos especialistas da Sala de Situação. O ideal, aponta a meteorologista Vanessa Gehm, seria ter acesso a fotos de drones, captadas do alto. A equipe continua em busca de imagens para caracterizar o episódio — vídeos do momento do temporal também podem ajudar. As imagens dos radares meteorológicos permitem observar o deslocamento das células de tempestade. 

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A formação da microexplosão e da macroexplosão é semelhante. Uma nuvem com grande acúmulo de água chega ao limite da capacidade, até não conseguir mais suportar o volume. A água então cai toda de uma vez. Essa grande quantidade favorece a formação de intensas rajadas de vento descendentes, em direção ao solo. 

O que define se é micro ou macroexplosão é a extensão atingida na superfície. De quatro a seis quilômetros, trata-se de microexplosão, com vento com velocidade até 240km/h. Acima de seis quilômetros, macroexplosão, com rajadas de velocidade superior, podendo chegar a 300km/h. Ambos fenômenos atingem uma área em linha reta, o que os difere do tornado.

— O tornado tem um giro. O vento fica girando no seu eixo e se deslocando ao mesmo tempo, só que é muito pontual. E supera os 100km/h — explica Vanessa.

Até  quarta-feira (17), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul deve divulgar uma nota técnica com mais informações sobre o fenômeno meteorológico que provocou os estragos na Região Metropolitana. 

Fonte: GZH

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