
A média foi de sete plenários por dia, com 84,15% dos réus condenados. Os promotores de Justiça atuaram em defesa da sociedade gaúcha em um ano em que, no mês de maio, por exemplo, houve apenas 10 julgamentos — devido à enchente — e em novembro, um total de 267.
Os dados foram divulgados pelo Centro de Apoio Operacional do Júri (CAOJÚRI). De acordo com o coordenador, promotor de Justiça Marcelo Tubino, houve ainda 1524 atendimentos e cerca de 6,5 mil tarefas diversas em todo o ano passado. “Diária e incansavelmente, o Ministério Público busca a proteção da vida, para que tenhamos uma sociedade mais segura e pacífica”, ressalta o promotor.
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Ele ainda diz que os júris envolveram crimes com motivações diversas. Do total de mais de 1,7 mil, 21,45% foram casos de tráfico de drogas e 13,62% de feminicídios.
Um destes Tribunais do Júri, por exemplo, ocorreu em Alegrete em outubro. Depois de ser transferido da data inicial o Caso Márcio dos Anjos teve ampla repercussão no Estado. O pai dele foi condenado a 44 anos, 10 meses e 20 dias pelo homicídio da criança em Alegrete. Já no dia 8 de fevereiro de 2024 em Passo Fundo. Um réu foi condenado a 45 anos de prisão pelo feminicídio da companheira. Outros dois julgamentos de réus pelos homicídios de duas crianças. Um deles é o Caso Miguel. Mãe e madrasta foram condenadas em Tramandaí, no dia 5 de abril, respectivamente, a 57 anos, 1 mês e 10 dias de prisão e 51 anos 1 mês e 20 dias de reclusão pela morte do menino em Imbé.