Com umidade elevada, móveis e pertences demoram mais para secar.
Boletim divulgado às 18h registra 14.411 fora de casa em 163 municípios.
Mesmo após o Rio Uruguai ter começado a baixar, 14.411 pessoas seguem fora de casa na noite deste sábado (12) no Rio Grande do Sul. Apenas em Itaqui, na Fronteira Oeste, onde as águas estão 10 metros acima do normal, são 6.572 desalojados e 538 desabrigados.
Na cidade, os moradores estão voltando aos poucos para casa, mas ainda há muito o que limpar nas residências e comércios. Apesar de a chuva ter parado, a umidade faz com que tudo demore mais tempo para secar. Nas ruas, é possível ainda ver diversos móveis destruídos que ficaram para trás.
Aqueles que puderam retornar às residências começam a contabilizar os estragos, como a vendedora Eneide de Oliveira Fernandes, que enfrentou sua quarta enchente e, desta vez, presenciou a casa ser totalmente coberta pela água. “A previsão era que subisse 11 metros, não tanto. Quando cheguei em casa, tive vontade de fechar a porta e ir embora”, contou a mulher. Segundo ela, este é o ultimo alagamento, pois pretende se mudar.
Entretanto, os problemas não se resumem a bens materiais. Com a diminuição do nível das águas, alguns moradores que fazem a limpeza das residências estão encontrando cobras nos locais. Diante disso, muitos preferem não voltar para seus lares e seguem acampados em barracas.
De acordo com os boletins divulgados pela Defesa Civil às 18h, 163 municípios foram atingidos e 135 estão em estado de emergência. No total, são 13.272 desalojados, que foram para casas de amigos ou familiares, e 1.139 desabrigados, levados a ginásios ou abrigos pelo poder público. As cidades de Iraí e Barra do Guarita seguem em situação de calamidade pública.
Fonte: G1