Ela trabalha com o público e destaca que a maioria das pessoas que a conhece nem imagina o sofrimento que passou e o tratamento contínuo que realiza.
Há 15 anos, ela descreve ter entrado em uma depressão profunda, com um processo de aceitação demorado. Durante meses, enfrentou oscilações de humor, crises de pânico e ansiedade. Frequentou o hospital diversas vezes, sempre com a sensação de que estava prestes a sofrer um infarto. A tristeza e o desânimo aumentaram, levando-a a considerar o suicídio como uma solução para sua angústia.
Lougas, o Ceará dos Pampas, encontrou em Alegrete o amor pelas corridas de rua
Um ponto crítico em sua história ocorreu quando, após tomar muitos medicamentos na tentativa de aliviar sua dor, viu sua filha de três anos chamando-a para preparar uma mamadeira. Esse momento gerou intenso arrependimento e a levou a vomitar, motivando-a a buscar ajuda médica. A partir daí, procurou tratamento em um hospital.
Ela revelou que a depressão estava presente em sua vida desde a infância, mas na época não havia tratamento adequado disponível. Indicou que um problema de saúde da mãe foi um fator desencadeante para o agravamento de sua condição.
A mulher enfatizou que o apoio familiar é fundamental, mas que frases como “vai passar” não são suficientes. O tratamento adequado, o acompanhamento psicológico e a combinação de fé e reequilíbrio são essenciais para a recuperação. Destacou também que a dor das pessoas nem sempre é visível e que o julgamento alheio é inadequado. Compreensão e apoio são necessários para aqueles que enfrentam a depressão.
Este relato ilustra a complexidade da depressão e a importância de buscar ajuda profissional para superar a condição.