No funeral de Murilo Martins, a dor do adeus ao som do ronco de motores e capacetes erguidos

A tarde deste domingo (21) foi marcada por uma comovente homenagem ao jovem Murilo Martins, de 25 anos, que faleceu tragicamente após um acidente de trânsito na noite de sábado (20).

Murilo pilotava uma moto Honda quando foi atingido por um caminhão no cruzamento das ruas Marques do Alegrete com Rua dos Andradas, no Centro. Apesar de ter sido rapidamente socorrido, ele não resistiu às lesões.

O alegretense era integrante ativo do grupo de motociclismo Domingrau na Pista Race Park e do grupo de carros ArtCar do Vandão e outros. Ele era apaixonado por motos, carros rebaixados e sons automotivos, e sua dedicação a esses hobbies era amplamente reconhecida. Conhecido por seu envolvimento em diversas atividades, Murilo era admirado por sua habilidade em manobras com bikes e motos, uma destreza referida na gíria como “dar grau”. Ele também é lembrado por ser uma pessoa humilde, trabalhadora e dedicada.

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“Ele sempre foi um menino muito educado, estava sempre de bem com a vida. Nunca ouvi Murilo reclamar de nada. Ele tinha muitos sonhos, era um cara que vivia para trabalhar. Um filho exemplar, único filho. Não tem como não se emocionar com tanto carinho e amor, de todas as idades, aqueles que já participaram de corridas ou até mesmo os mais jovens, é unânime o afeto por ele”, destacou uma amiga emocionada.

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Outra jovem comentou que Murilo estava trabalhando e iria realizar a última entrega antes de ir a uma confraternização de família, onde um familiar estava de aniversário. “Soube que pessoas de outras cidades estavam aqui, familiares e outros. Que tristeza. Não há como mensurar a dor desses pais, pois ele era um filho exemplar e dedicado”, lamentou.

As homenagens a Murilo foram realizadas durante a tarde em frente à capela funerária na Daltro Filho, reunindo motos e carros. O carro dele esteve presente, e durante o cortejo de centenas de veículos, até o cemitério, o ronco dos motores dos veículos, cujos condutores aceleravam e realizavam manobras, ecoou em memória do jovem. A queima de pneus, música e a presença de ciclistas também demonstraram o pesar. Muitos amigos erguiam seus capacetes em sinal de respeito e reverência ao jovem.

Nas redes sociais, inúmeras mensagens refletem a grande consternação entre amigos, familiares e membros da comunidade. Foi uma vida interrompida de um jovem que tinha muita urgência de viver e realizar seus sonhos, mas acima de tudo, sempre encontrava tempo para fazer o que amava e estar com quem amava. Murilo trabalhava numa empresa comercial de vidros e acessórios, além de realizar entregas para outros segmentos em Alegrete.

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