O ex-atleta João Antônio Araujo Leal, Macaco, morreu no Rio de Janeiro

E a tarde de quinta-feira(4), ficou ainda mais cinzenta, morreu no Rio de Janeiro, o alegretense João Antônio Araujo Leal, mais conhecido como Macaco branco. O apelido, de forma muito peculiar, como ele, foi capa em vários jornais há muitas décadas devido a uma brincadeira. Em uma das viagens à praia, João Leal, colocou como carona, um Macaco quase que tamanho de uma pessoa adulta, mas este não era “de verdade”. Contudo, por onde passava, aquele “animal” enorme chamava atenção e ele inclusive foi parado em uma biltz. Em uma das últimas passagens em Alegrete, como sempre faziam anualmente, nas festas de final de ano que ele realizava com o amigo Antônio Edson Becon Pereira, Macaco esteve na redação do PAT onde narrou o ocorrido.

 

Ele, que saiu do Município há cerca de sete anos, atualmente estava no Rio de Janeiro, mas por vários anos residiu em Capão da Canoa. De forma unânime os amigos destacam que o alegretense era apaixonado por Alegrete. O amigo, parceiro e compadre, Valério Basso, muito emocionado, falou por telefone que não existem palavras para descrever a pessoa que o Macaco foi. Um ser humano que conseguia sempre agregar, de uma alegria e carisma que contagiava a todos. “Estava sempre sorrindo, feliz! Fez história no futebol em Alegrete, tanto de campo como de salão. Disputou vários estaduais. Ele sempre destacou o seu amor por Alegrete”- comentou.

 

De acordo com Valério, depois de muitos médicos e avaliações, Macaco que começou a perder a visão há três anos, soube que estava com um tumor. Ele fez uma cirurgia e se recuperava bem. Há 20 dias teve um mal súbito e passou por mais uma intervenção cirúrgica. Foi muito guerreiro, mas acabou não resistindo a uma parada cardiorrespiratória nesta tarde.

João Leal, foi funcionário da Caixa econômica Estadual, até o fechamento da agência. Posteriormente passou a atuar no SindiCaixa. Onde trabalhou em Porto Alegre até dois anos atrás quando se aposentou. Ele deixa esposa, Maria Helena Leal e três filhos. Uma que reside no Rio de Janeiro e outros dois na Dinamarca. Assim como, netos.

Nas redes sociais, inúmeras mensagens e relatos que destacam a pessoa ímpar e de um coração gigante. Celeni Viana, citou: “amigo João Leal, ” Macaco Branco”, um dos maiores jogador de futebol que Alegrete produziu e um ser humano ímpar que pude conviver. Valeu a pena nosso encontro, foi gratificante e deixou laços de amor e consideração. Hoje tu volta à morada celeste amigo e que possa Deus confortar tua família”.

 

Valério também comentou que Macaco foi um dos fundadores da Associação dos Cadore. Além de ter sido um dos idealizadores do encontro que reunia, no início os ex-atletas do Flamenguinho e começou com cerca de 30 pessoas e na última comemoração, tinha mais de 300 pessoas, isso incluindo de vários locais do Brasil.

 

O amigo Eloé Mendes carvalho, enviou a seguinte mensagem: “é com muita tristeza que recebo a notícia do nosso querido amigo, João Antônio Araujo Leal( Macaco). Hoje, nosso goleador foi convocado para reforçar o time do nosso Deus, fazer os golaços que sempre fez na sua vida,. Foram muitos de amor, amizades e tantas qualidades que tinha. Para todos, deixou um legado de amizade e parceria. Estamos tristes, porém, gratos de ter o privilégio de ter convivido com ele. O céu, a partir de hoje, vai ganhar mais uma estrela para brilhar. Meus pesares para todos da família”.

Macaco, que era Canudense de coração, que tinha uma legião de amigos e parceiros, deixou um legado muito lindo, de amor, companheirismo e cumplicidade.

Flaviane Antolini Favero