O vírus da fofoca e das fake news é grave nesta pandemia da Covid-19

Na noite de terça-feira(31), mais uma Fake News circulou entre as redes sociais, principalmente nos grupos de WhatsApp. No áudio, uma pessoa descrevia o quadro clínico de uma criança que estaria com suspeita de Covid-19. A mãe teria levado a filha na UPA e quando o procedimento de isolamento foi iniciado, ela teria fugido com a criança. Em contato com a Secretária de Saúde, Bianca Casarotto, a explicação do médico de plantão foi de que naquela noite, devido ao número de internações, nada relacionado ao coronavírus, o atendimento foi mais demorado. A mãe passou pelo atendimento com a filha e como os sintomas não caracterizavam nada grave, foi para casa.

Além deste caso, muitas outras situações surgem todos os dias em grupos de Whats e redes sociais. Desde a primeira entrevista da Secretária de Saúde e do prefeito Márcio Amaral, para rádio Nativa FM, no dia 22, eles destacaram os desgastes com informações infundadas que geram pânico na população sem ter uma fonte oficial. É a tia da vizinha que estava perto da amiga da cunhada que ouviu algo semelhante ao assunto coronavírus e até chegar nos grupos, a conversa já está totalmente distorcida, na maioria das vezes. É importante que as pessoas tenham entendimento que ao passar essas informações estão colaborando para disseminar o “vírus” da fofoca, que não acrescenta em nada para o momento que deve ser de solidariedade e resiliência.

Até o momento, Alegrete registrou quatro casos suspeitos do vírus, que foram descartados e um positivo. A secretária Bianca, também, informou que não há falta de material para testes. Que são realizados em pessoas que estão com os sintomas de forma mais agressiva e que é considerado suspeito. Contudo, o vírus já está no Município, a forma em que ele vai se desenvolver vai depender de cada organismo. O que a saúde está buscando evitar é um colapso, onde o número de casos graves seja superior a quantidade de respiradores e que não haja condições de atender a todos, como aconteceu na Itália em que eles tiveram que fazer uma triagem de quem iria viver, com mais de 900 mortes em um único dia.

As pessoas poderiam utilizar o tempo para tentar conscientizar a população da importância do isolamento social neste período, o que para muitos é algo que não está sendo levado a sério. Porém, a irresponsabilidade de quem está “passeando” pelas ruas, mantém a aglomeração não é uma consequência que ela vai ter que superar sozinha, até mesmo àqueles que estão cumprindo com as determinações podem ser afetados, talvez de forma até mais agressiva. O inimigo é invisível aos olhos humanos.

 

Flaviane Antolini Favero