Os atuais números da Covid-19, em Alegrete, são preocupantes e indicam um afrouxamento nos cuidados básicos

Alegrete registrou no último dia 9, mais um novo recorde em casos positivos do novo coronavírus. Mesmo com a bandeira do Distanciamento controlado do estado na cor laranja, no Município, um outra de alerta deve ser considerado pelos alegretenses. Muitos profissionais de saúde estão exaustos e o período de queda dos casos foi insignificante diante de toda a jornada em ascensão.

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Desde o início da primeira onda que foi em julho, o número de casos em números preocupantes durou cerca de três meses e iniciou um declive no mês de setembro.

Porém, o mês de outubro tem sido, mais uma vez de grande receio para os profissionais na área da saúde.

Um alerta na ESF do bairro Vera Cruz, mostra que são 12 pacientes positivos Covid-19 em 10 dias. Três internados no hospital e 09 em domicilio.

Para completar, uma mensagem: não andem sem necessidade na rua, não se aglomerem! Não acabou a Pandemia”.

Uma outra publicação atribuída à classe médica que está sendo divulgada nas redes sociais diz o seguinte:

Queremos fazer um apelo cordial ao senso comum das pessoas que aceitaram a falta de confinamento como se a pandemia tivesse terminado e como se tivéssemos voltado à normalidade antes do início desta crise.

“Casal, maravilhosamente louco”, leva muita alegria às pessoas

Infectar-se com o coronavírus não é um resfriado comum. Existem febres altas, dores de garganta e aperto no peito a tal ponto que parece que a vida está indo embora e o pior, está; É necessária ressuscitação.

Fala-se de ventilação, mas não é uma máscara de oxigênio colocada na boca e no nariz enquanto você se diverte pensando em sua vida, não!

A ventilação invasiva para o COVID-19 é a intubação que é feita sob anestesia geral e que consiste em permanecer por pelo menos 2 a 3 semanas sem se mover, geralmente de bruços (posição prona) com um tubo na boca até a traquéia, o que permite respirar no ritmo da máquina à qual está conectado.

Você não pode falar, comer ou fazer qualquer coisa naturalmente porque o desconforto e a dor que você sente exigem a administração de sedativos e analgésicos para garantir a tolerância ao tubo.

Durante o tempo em que o paciente precisar que a máquina respire, ele estará em coma induzido, ou seja, em coma artificial.

Em 20 dias com este tratamento, um paciente jovem terá uma perda de massa muscular de 40% e a reeducação subsequente será de 6 a 12 meses, associada a trauma grave na boca ou nas cordas vocais. É por esse motivo que os idosos ou pessoas frágeis em sua saúde não perduram.

No primeiro pico e recorde registrado de casos, em 11 de agosto, Alegrete também registrou 23 casos positivos de Covid-19 e 21 pacientes recuperados. Os positivos eram 13 mulheres e 10 homens, todos com idades entre 12 e 76 anos, em isolamento domiciliar.

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Os recuperados também estavam em isolamento domiciliar.

À época eram 353 casos confirmados, com 227 recuperados, 114 ativos (105 em isolamento domiciliar, 8 hospitalizados em Alegrete e 01 hospitalizado em Santa Maria) e 12 óbitos.

O total eram 3.633 pessoas testadas, sendo 3.269 negativos, 353 positivos e 11 aguardando resultado. Em observação com síndrome gripal são 308 pessoas.

Neste dia 9, quando houve o mesmo número de casos, o quadro é  muito diferente, principalmente pelo número de casos hospitalizados. Assim como em um comparativo, o número de recuperados também é muito inferior. Na sexta foram registrados 23 casos positivos de Covid-19 e 6 pacientes recuperados. Os positivos são 15 mulheres e 8 homens, com idades entre 14 e 87 anos, 20 estão em isolamento domiciliar e 3 hospitalizados.

Até o momento eram 688 casos confirmados, com 588 recuperados, 84 ativos (75 em isolamento domiciliar e 9 hospitalizados) e 16 óbitos.

Até o momento foram realizados 7.016 testes, sendo 6.259 negativos, 688 positivos e 69 aguardando resultado. Em observação com síndrome gripal havia 239 pessoas.

O que fica mais uma vez é a solicitação para que a população se conscientize: a pandemia não acabou.  Ainda não é momento para aglomerações, praças cheias, junções e demais ações que provocam contaminação em massa.

O uso da máscara e da higienização permanecem indispensáveis.

Flaviane Antolini Favero