Parou o coração de Luiz Carlos Borges um gigante da música do Sul

Artista é responsável por "Baile de fronteira”, “Tropa de osso” e “Florêncio Guerra”

O Rio Grande do Sul perdeu na noite desta quarta-feira (10) um dos grandes ícones da música nativista, Luiz Carlos Borges. Aos 70 anos, o músico faleceu no Hospital São Francisco, em Porto Alegre, onde estava internado desde o final de março devido a problemas decorrentes de um aneurisma de aorta. Segundo a família, o artista passou por cirurgias anteriores, mas não teve sucesso na última intervenção.

A carreira de Luiz Carlos Borges se confunde com a história da música regionalista do Rio Grande do Sul. Com 60 anos de trajetória, o músico dedicou sua vida ao palco e à sua fiel companheira, a gaita. Sua marca é incontestável, com 35 álbuns lançados, 269 composições e 720 gravações registradas no Ecad. Borges também deixou sua marca na forma de tocar a gaita, criando um estilo próprio que misturava referências das músicas de baile, festivais, jazz e blues.

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Em 2019, Borges sofreu um aneurisma na aorta e passou 85 dias internado no hospital, sendo 70 na UTI. O músico precisou reaprender a andar, a falar e a viver com autonomia. Embora suas limitações físicas fossem grandes, Borges não perdeu a esperança de voltar a tocar a gaita e emocionar o público. Em julho do ano passado, o músico retornou aos palcos, abraçado em sua cordeona, e mesmo com a limitação de movimento na mão esquerda, continuou mostrando toda a sua paixão e intensidade em suas apresentações.

Com a morte de Luiz Carlos Borges, a música nativista perde um grande nome, mas sua obra e sua paixão pela música certamente continuarão a inspirar e emocionar os amantes da cultura gaúcha por muitos anos.

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